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06h34

INFORMATIVO COTRIJUI ORIENTA SOBRE OS CUIDADOS COM AS INVASORAS NA LAVOURA DE SOJA

REFLEXO DAS CHUVAS
Após a chuva que chegou a atingir quase a totalidade das lavouras da área de atuação da COTRIJUI, e do avanço da semeadura, chegando a 75% da área estimada de soja, o Eng. Agr. Mário Jung voltou a falar no Informativo COTRIJUI sobre os cuidados e o controle que o produtor deve ter com as invasoras na lavoura de soja.

O alívio da temperatura aliada à chuva favoreceu também as lavouras de milho, que estavam bastante sofridas devido ao intenso calor e falta de umidade. A chuva foi desparelha em alguns pontos, mas a maioria ficou entre 30mm e 50mm e algumas regiões chegou a ultrapassar os 100mm.

AS INVASORAS
Além do controle da buva, Jung falou agora sobre outras ervas daninhas a serem controladas. “A soja suporta bem as plantas invasoras até o segundo trifólio, desde que sejam plantas que emergiram juntamente com ela, e não sobras de dessecação. A partir do terceiro trifólio, entre 14 e 21 dias após a emergência, as perdas começam a se elevar. Por exemplo, numa população de 40 plantas pequenas/m², a partir do terceiro trifólio, a perda seria em torno de 5%, e, a cada trifólio, um aumento de 5%. Ou seja, o aumento seria gradual até atingir 50% de perdas por competição, caso não seja feito nenhum controle. Esse não é um cálculo matemático, podendo variar, dependendo da espécie de invasora, regime de chuva, fertilidade e matéria orgânica no solo.” É correto afirmar que a perda aumenta a cada dia de atraso no controle das invasoras.

O estágio de desenvolvimento da soja no limite do terceiro trifólio é muito importante. Como a semeadura se dá no início de outubro, a dessecação ocorre, normalmente, antes da emergência daquelas sementes perdidas no processo de colheita das culturas de inverno, e essas são as primeiras ervas daninhas a competir com a soja. “Pela grande quantidade e crescimento vigoroso, se exige o controle antes mesmo da emergência das invasoras convencionais, ou seja, o primeiro controle é antecipado e é fatalmente necessário uma segunda aplicação para as outras ervas. Não é economicamente viável esperar, pois, a perda de produção é imensamente superior ao custo de aplicação”, salientou Mário.

Outro fator a ser observado, é a mudança no perfil populacional das espécies. Elas vêm mudando e crescendo muito em quantidade, por exemplo, a Corriola que tem resistência a doses baixas de glifosato, principalmente depois de iniciar a formação do baraço (em média 4 folhas). “Mesmo ela sendo afetada pelo herbicida e detendo o crescimento, há a formação de sementes e temos novamente um problema”, completa Jung.

A Trapoeraba - erva daninha de pouca importância há pouco tempo – está sendo encontrada em praticamente todas as lavouras. Em algumas sem grande significado, já em outras tem sido a principal. “No caso de aparecimento da Trapoeraba em grande quantidade, a solução será a rotação com milho, onde temos herbicidas eficientes no seu controle”, orientou o Engenheiro Agrônomo.

Todas as invasoras merecem nossa atenção. Como o herbicida funciona como um selecionador de ervas, o uso contínuo do mesmo ingrediente ativo vai acabar por selecionar algumas plantas mais resistentes.

A COTRIJUI em parceria com a CCGL Tec e a Universidade de Passo Fundo, monitora o aparecimento da resistência de plantas daninhas. “Se o produtor estiver efetuando o controle de forma correta, respeitando a dose e tamanho da invasora, e ainda assim notar que houve sobra de determinadas plantas, comunique o assistente técnico da COTRIJUI que faremos a coleta da semente para testes. Essa pesquisa vai permitir que possamos diminuir problemas futuros”, orientou Mário Jung.

A COTRIJUI lembra aos associados, que fiquem atentos ao aparecimento de lagartas e, quando necessário, optem sempre pelos produtos seletivos. Ainda temos um ciclo inteiro a diante, e devemos nos proteger dos inimigos naturais.

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