Ministra do Meio Ambiente buscou tranquilizar os produtores rurais e afirmou que interesse do governo é regularizar imóveis e não multar seus proprietários.
Com um tom tranquilizador, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu que o processo de regularização dos produtores rurais, nos moldes estabelecidos pelo novo Código Florestal, será feito com serenidade e informação.
– Teremos uma gestão de muito tranquilidade, os produtores não precisam sair afobados. Todos serão informados – disse na sexta, dia 9, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.
O primeiro passo da regularização que prevê, por exemplo, a recuperação de áreas degradadas dentro de imóveis rurais, será o diagnóstico das propriedades instaladas nos campos do país. A partir do mapeamento das áreas, o governo poderá definir quais serão as medidas necessárias em cada região.
Imagens de satélite em alta resolução serão usadas pelo governo como base de informação para o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo informações da assessoria do ministério, o contrato para a aquisição das imagens custou R$ 28,9 milhões e vai garantir gratuidade aos produtores que serão obrigados a aderir ao CAR. A expectativa do governo é que com essas imagens seja possível começar o cadastramento dos mais de 5 milhões de imóveis rurais.
– O país terá imagens de todos os Estados e municípios para que cada produtor possa fazer seu cadastro gratuitamente e, a partir daí, os órgãos estaduais, municipais e a União vão avaliar a situação e propor as medidas de recuperação – explicou Izabella, ao reforçar que tudo será feito com “muita calma” e acompanhado de campanhas informativas.
De acordo com a ministra, o debate sobre o Código Florestal, que durou 13 anos no Congresso Nacional até a aprovação, não é uma vitória de ruralistas ou ambientalistas.
– Há conciliação entre o meio ambiente e a agricultura. Quem teve a vitória foi o povo brasileiro – avaliou.
Izabella Texeira destacou que o novo regulamento “manda todo mundo recuperar, mas também reconhece as atividades de interesse social, de utilidade publica”. Durante a entrevista, a ministra disse que não interessa ao ministério multar proprietários. Segundo ela, o interesse do governo está voltado à regularização de todos os imóveis.
– Prefiro reconhecer as boas práticas, dizer que o Brasil produz alimentos com sustentabilidade e mostrar que é possível ser grande produtor protegendo meio ambiente – acrescentou.
Fonte: Agência Brasil