Valorização do suíno vivo no Rio Grande do Sul ajuda produtores a equilibrarem a conta que envolve ainda custos de produção e margem de lucro.
Com a valorização recente do suíno vivo no Rio Grande do Sul, produtores do Estado deixam de operar com prejuízo. Atualmente, o animal é vendido a R$ 3,00/quilo, ante R$ 1,60/quilo no primeiro semestre e R$ 2,20/quilo no começo de outubro.
– Pelo menos os produtores estão conseguindo pagar as contas dos custos de produção, já que o suíno se valorizou e os preços dos grãos recuaram um pouquinho. Estão com margens mínimas – disse o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, à Agência Estado, na terça, dia 6, após sua apresentação no Congresso Nacional da Indústria da Carne, promovida pelo Informa Group.
Segundo ele, além de os criadores terem reduzido a produção, as exportações e as vendas no mercado interno cresceram. Para 2013, Folador espera manutenção.
– Janeiro, fevereiro e março são complicados, porque a demanda diminui, mas temos a expectativa de que pelo menos as cotações se mantenham nos níveis atuais para pagarmos o custo de produção – disse.
DESAFIOS
Folador também comentou que o grande desafio do setor é manter e abrir novos mercados, além de Rússia e Argentina.
– A Rússia tem suas próprias regras, quer ser autossuficiente, e usa a carne suína como moeda de troca para pressionar o Brasil em outros interesses. A Argentina fechou de novo, porque agora eles estão dizendo que não estamos mais importando o limão siciliano – citou o presidente da ACSURS.
Para o mercado interno, Folador disse que é necessário trabalhar mais para aumentar o consumo da proteína.
– Até 2010, o consumo per capita de carne suína era de 13 quilos. Em 2011, ultrapassamos a barreira dos 15 quilos. Nossa meta é chegar até 2015 com um consumo per capita de 18 quilos por ano. Temos potencial para isso, com a apresentação de novos cortes, inclusão em merenda escolar, em hospitais, entre outros – declarou.
Fonte: Canal Rural