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10h41

ANÁLISE DO MERCADO DO MILHO

Comentários referentes ao período entre 26/10/2012 a 01/11/2012.

As cotações do milho, em Chicago, terminaram a semana em recuo, com a quinta-feira (01) fechando o primeiro mês cotado em US$ 7,51/bushel, após US$ 7,55 na véspera, US$ 7,42 na semana anterior e US$ 7,50/bushel na média de outubro.
Esse produto é o que mais espaço tem para subir já no curto prazo diante da forte quebra de safra nos EUA, problemas consolidados na safra do sul do Brasil nesse momento, e problemas de enchentes igualmente na Argentina. Além disso, em Chicago haveria o sentimento de que o mercado estaria sobrevendido, o que levaria a um movimento de compras de contratos.

Também aqui os especuladores financeiros e investidores em geral estão esperando o desfecho das eleições nos EUA no próximo dia 06/11 para assumirem posições mais consistentes no mercado.

O petróleo a US$ 86,00/barril não chega a estimular maior produção de etanol nos EUA, enquanto as exportações desse país, na semana anterior, foram muito baixas, ficando em 393.839 toneladas.

No geral, para o mundo, no médio e longo prazo a tendência é de preços elevados para o milho, inclusive no Brasil e particularmente no sul desse país, atingido que foi por fortes intempéries desde o dia 18/09.

Paralelamente, os preços da tonelada FOB na Argentina e Paraguai fecharam a semana respectivamente em US$ 285,00 e US$ 155,00.

Já no Brasil, os preços se mantiveram firmes, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 28,05/saco e os lotes, no norte do Estado, em R$ 33,35/saco. Nas demais praças do país, em média, os lotes oscilaram entre R$ 21,65/saco em Rondonópolis (MT) e R$ 34,15/saco em Chapecó (SC). O Nortão do Mato Grosso trabalhou com média ao redor de R$ 18,25/saco.

Como o mercado do sul do país se encontra praticamente sem milho, é o cereal do Centro-Oeste que tem vindo abastecer a região. Os altos embarques, associados a uma demanda interna firme, mantêm os preços aquecidos, com poucas chances de recuo já que a oferta da safra de verão tende a ser menor. Afinal, além da redução superior a 15% na área semeada do Centro-Sul brasileiro, as intempéries que se abateram entre setembro e outubro dizimaram muitas lavouras já plantadas no sul do país.

Nesse contexto, o sorgo passa a ser mais procurado, com seu preço também se elevando. No Sudeste do país o mesmo atingiu a R$ 22,00 o saco neste final de outubro, enquanto no Rio Grande do Sul chegou a R$ 21,93/saco na média.

Em termos de exportações, o mês de novembro já acumula 2 milhões de toneladas em nomeações de navios, sendo que em outubro as vendas externas devem ter alcançado 3 milhões de toneladas.

Por fim, a importação, no CIF indústrias brasileiras, fechou outubro com preços de R$ 49,81/saco para o produto dos EUA e R$ 42,00/saco para o produto argentino, ambos para novembro. Para dezembro, o produto do vizinho país ficou em R$ 42,62/saco. Já no transferido via Paranaguá, a exportação registrou os seguintes preços: para novembro, R$ 34,01/saco; dezembro, R$ 34,02; janeiro, R$ 34,04; fevereiro, R$ 33,87; março, R$ 33,95; abril, R$ 33,89; maio, R$ 33,53; e junho R$ 33,80/saco.

Acima o gráfico da variação de preços do milho no período de 05/10 a 01/11/2012.

Fonte: CEEMA – Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.

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