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08h02

ANÁLISE DO MERCADO DO MILHO

Comentários referentes ao período entre 12/10/2012 a 18/10/2012.

As cotações do milho em Chicago fecharam a quinta-feira (18) em US$ 7,60/bushel, após terem atingido a US$ 7,37 no dia 15/10. Esse mercado está relativamente estável, tendo baixado a partir de setembro. Tanto é verdade que a média mensal de setembro ficou em US$ 7,63/bushel, contra US$ 8,03 em agosto e US$ 7,77 em julho. Todavia, as cotações, com a seca nos EUA, ainda estão bem superiores ao verificado no primeiro semestre, quando o bushel oscilou entre US$ 6,00 e US$ 7,00, tendo atingido o mínimo de US$ 6,03 em junho.
Dito isso, a colheita nos EUA atingiu a 79% da área no dia 14/10, ficando bem acima da média histórica que é de 38%. Já as exportações na semana anterior atingiram a 439.575 toneladas.

As eleições nos EUA levam os fundos a se retirarem parcialmente da ponta compradora. Todavia, a melhor performance do atual presidente Obama no último debate, parece ter revertido um pouco esse comportamento. Mesmo assim, devido a enorme quebra na safra dos EUA, o mercado deveria apresentar preços mais elevados atualmente.

Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB ficou em US$ 272,00 e US$ 150,00 respectivamente.

No Brasil, os preços se mantiveram relativamente firmes, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 27,91/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 31,75 e 32,75/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 17,00/saco em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 33,50/saco em Videira e Concórdia (SC).

Pelo lado das exportações do cereal, as mesmas ficaram em 437.000 toneladas na semana, somando, no acumulado do mês de outubro (duas semanas) um total de 1,28 milhão de toneladas. Houve atraso no ritmo de embarque, enquanto o mercado tem o sentimento de que há mais compromissos de embarques nos portos brasileiros do que milho comprado no interior, fato que poderá elevar ainda mais os preços internos do cereal. (cf. Safras & Mercado)

O clima para o plantio da safra de verão brasileira passa a dominar o mercado, havendo preocupações com a falta de chuvas no Centro-Norte do país nesse momento. Tanto é verdade que o plantio segue atrasado no Centro-Oeste. Até o dia 05/10 o mesmo atingia a 1% no Mato Grosso, contra 5% no ano anterior nessa época. Aliás, no Centro-Sul brasileiro o mesmo está atrasado, com 27% da área na data indicada, contra 31% no ano anterior. A área a ser semeada se mantém estimada em queda de 15,4% no Centro-Sul brasileiro, devendo ficar em 5,01 milhões de hectares nesse verão.

Nesse contexto, a última estimativa de Safras & Mercado indica uma produção total nacional, para 2012/13, em 67,9 milhões de toneladas, após 72,3 milhões nesse último ano. Desse total, 27,8 milhões serão colhidos na safra de verão do Centro-Sul e 34,2 milhões na chamada safrinha nacional. O Norte/Nordeste produzirá 5,9 milhões de toneladas. No conjunto nacional, o recuo com a área de milho será de 11,1% em relação ao ano anterior. Nesse momento, estima-se uma exportação de 17,1 milhões de toneladas no atual ano comercial 2012/13, com estoques finais ao redor de 6 milhões de toneladas. Para 2013/14, contudo, projeta-se exportações em 11,9 milhões de toneladas e estoques finais em 10,4 milhões de toneladas.

Enfim, na importação o CIF indústrias brasileiras, para outubro, atingiu a R$ 49,30/saco para o produto dos EUA e R$ 40,42/saco para o produto da Argentina. Para novembro, o produto argentino, ficou igualmente em R$ 40,42/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá atingiu a R$ 32,14/saco para outubro; R$ 32,27 para novembro; R$ 32,37 para dezembro; R$ 32,42 para janeiro; R$ 32,54 para fevereiro; R$ 32,75 para março; R$ 32,10 para abril; e R$ 32,29/saco para maio.

Acima o gráfico da variação de preços do milho no período de 21/09 a 18/10/2012.

Fonte: CEEMA – Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.

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