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09h29

SAFRA DE SOJA DOS EUA É MAIOR

Desde que a colheita de soja iniciou nos EUA, na segunda metade de setembro, o mercado percebeu que a especulação sobre as quebras na safra daquele país não se confirmariam. Isso porque a produtividade média das lavouras colhidas (hoje superando a 50% da área total) surpreendia positivamente aos produtores. Com isso, as cotações da soja na Bolsa de Chicago passaram a recuar, chegando a US$ 15,23/bushel, após terem batido o recorde histórico em 04 de setembro passado com US$ 17,71/bushel. E o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado neste dia 11/10, acabou confirmando não só uma safra maior mas também uma pequena recuperação nos estoques finais estadunidenses, além de boa recuperação nos números mundiais da oleaginosa.

Assim, no que diz respeito aos EUA, o relatório indicou agora uma produtividade média maior, com a mesma atingindo a 2.541 quilos/hectare (42,3 sacos/hectare). Dessa forma, a produção foi oficialmente aumentada em 8,6% em relação ao indicado em setembro, passando agora para 77,8 milhões de toneladas. Paralelamente, os estoques finais para 2012/13 subiram para 3,5 milhões de toneladas nos EUA, embora um volume ainda muito pequeno.

Por sua vez, o patamar de preços médios a serem recebidos pelos produtores daquele país foi reduzido para valores entre US$ 14,25 e US$ 16,25/bushel. Em termos mundiais, o volume global a ser colhido passou a 264,3 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais mundiais subiram para 57,6 milhões.

Enfim, as importações chinesas para esse novo ano comercial passaram de 59,5 para 61 milhões de toneladas.

Apesar de o relatório ser relativamente baixista para as cotações, por razões de especulação financeira dos Fundos em particular, as cotações da soja no próprio dia 11/10 (após o anúncio do relatório) subiram, com o primeiro mês cotado fechando o dia em US$ 15,48/bushel. Todavia, no médio prazo, o movimento das cotações, a julgar pelos novos números da safra dos EUA e pelo clima favorável ao plantio na América do Sul (embora haja falta de chuvas em algumas regiões do Centro-Oeste), tende a se estabelecer em patamares um pouco mais baixos do que os atuais. Salvo se a crise econômico-financeira mundial gerar um aprofundamento das dificuldades já existentes na Europa e nos EUA ou o clima na América do Sul frustrar a futura safra.
Fonte: CEEMA – Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.

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