A análise das frustrações sucessivas, o rigor da seca e as perdas estimadas em R$ 10 bilhões (CONAB) mobilizaram desde o início do ano as lideranças rurais da região e do Estado. Todos, e a COTRIJUI sempre junto, reivindicavam atenção ágil e justa aos atingidos, sob pena de comprometer a continuidade do processo produtivo que tanto tem contribuído para o superávit na pauta das exportações e na geração de riquezas locais, fixação das famílias no campo. Cansados de reiterar tal atenção, no último dia 21 de setembro, quarta-feira, representantes da FECOAGRO, FARSUL, FETAG, FEDERARROZ, FEARROZ, ABAG e OCERGS, reunidos no Centro de Eventos do Cooperativismo da FUNDACEP, em Cruz Alta, resumiram em documento endereçado às autoridades e à sociedade, suas preocupações diante do quadro assustador que ameaça a economia gaúcha.
Após reiterar os números das perdas pela redução da produção, o que já havia sido feito em documentos anteriores, as instituições afirmam que “diversas medidas foram anunciadas e prometidas pelo Governo Federal, dentre as quais o FAT, porém até o momento não implementadas”. Segue dizendo que “Atualmente, os financiamentos estão paralisados, as economias locais se deterioram, com reflexos negativos na indústria e no comércio, aumentando os índices alarmantes de desemprego e criminalidade que atemorizam nossas comunidades, essencialmente dependentes do agronegócio”.
O Presidente da COTRIJUI, Carlos Poletto, reafirmou no encontro as preocupações com o universo de associados dada a impossibilidade de repassar recursos próprios, como acontecia em anos normais.
Mais adiante, o documento afirma que “caso as autoridades não agirem imediatamente, a presente safra já estará comprometida, com reflexos negativos na economia do Estado e da sociedade em geral”. E conclui: “Por isso esse alerta das entidades, para que a sociedade tome ciência da gravidade do momento e as autoridades responsáveis adotem as medidas necessárias, tempestivamente, de modo que a solução dos problemas não se perca nas teias da burocracia e nas infindáveis discussões sobre normativas”.