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16h44

ANÁLISE DO MERCADO DO MILHO

Comentários referentes ao período entre 28/09/2012 a 04/10/2012.

As cotações do milho em Chicago permaneceram relativamente estáveis nesta semana, destoando do comportamento da soja como, aliás, já haviam destoado quando dos fortes aumentos da oleaginosa há semanas. Assim, o fechamento desta quinta-feira (04) ficou em US$ 7,57/bushel, após ter trabalho em torno de US$ 7,56/bushel durante praticamente toda a semana. A média de setembro, para comparação, ficou em US$ 7,63/bushel, enquanto o fechamento da Bolsa uma semana antes tinha ficado em US$ 7,16.

Na esteira deste comportamento encontramos um mercado que pouca sofre influência da colheita estadunidense, pois já precificou a forte quebra na produção dos EUA. Paralelamente, o USDA estimou estoques trimestrais muito abaixo das expectativas do mercado, com volumes ao redor de 25 milhões de toneladas na posição de 01/09. Igualmente os estoques do trigo foram altistas com um volume de 57,2 milhões de toneladas, embora incorporando já a nova colheita, que está adiantada.

Nesse contexto, o mercado mira com atenção o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 11/10. Por enquanto, apenas a melhoria da produtividade da soja vem sendo a novidade nesse cenário. Para o milho, tudo está se confirmando conforme as projeções realizadas a partir do momento em que a seca se concretizou nos EUA.

A colheita nos EUA, até o dia 30/09, chegou a 54% da área, contra uma média histórica de apenas 20% nessa época do ano. Já as exportações semanais ficaram em apenas 508.180 toneladas na semana anterior.

O grupo privado FC Stone divulgou sua nova estimativa de safra para o milho, indicando um volume 274,4 milhões de toneladas. Embora o aumento de 5,08 milhões de toneladas em relação ao relatório anterior, o número final agora projetado continua indicando perdas superiores a 100 milhões de toneladas em relação a projeção feita no momento do plantio. A produtividade média do milho nos EUA, segundo a Stone, seria de 7.779 quilos/hectare. Já a AgResource apontou uma produtividade média bem menor, com um volume de apenas 7.471 quilos/hectare.

Na Argentina e no Paraguai, o mês de outubro inicia com a tonelada FOB valendo US$ 275,00 e US$ 150,00 respectivamente.

No mercado brasileiro, o milho voltou a sofrer pressão baixista em termos médios. Mesmo assim, o balcão gaúcho fechou a semana em R$ 28,16/saco, enquanto os lotes no norte do Estado ficaram entre R$ 32,25 e R$ 32,75/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes giraram entre R$ 16,75/saco na região de Sorriso (MT) e R$ 33,75/saco nas regiões catarinenses de Videira e Concórdia. Na média, as principais regiões do país voltaram a ter elevação nos preços semanais.
Isso se deve a forte exportação, embora a safrinha recorde continue a segurar os preços no Centro-Oeste. Para setembro, o volume final exportado teria ficado em 3,15 milhões de toneladas, batendo o recorde nacional de exportação mensal. No ano comercial iniciado em fevereiro passado, o volume vendido ao exterior chega agora a 8,57 milhões de toneladas. Para outubro, as nomeações de navios já batem em 3,6 milhões de toneladas. Nesse ritmo, o país baterá largamente os 15 milhões de toneladas a serem exportadas neste ano comercial, chegando a um recorde histórico. Já em outubro (faltando, portanto, ainda três meses para fechar o ano comercial), o Brasil atingirá a projeção inicial de 12 milhões de toneladas.

Enfim, a semana fechou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 49,69/saco para o produto dos EUA e R$ 40,66/saco para o produto argentino, ambos para outubro. O produto do vizinho país manteve o valor de R$ 40,66/saco também para novembro. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou os seguintes valores: R$ 31,82/saco para outubro; R$ 31,97 para novembro; R$ 32,13 para dezembro; R$ 32,37 para janeiro; R$ 32,12 para fevereiro; R$ 32,23 para março; R$ 31,73 para abril; e R$ 31,91/saco para maio.

Acima o gráfico da variação de preços do milho no período de 06/09 a 04/10/2012.
Fonte: CEEMA – Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.

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