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15h29

ANÁLISE DO MERCADO DO MILHO

Comentários referentes ao período entre 21/09/2012 a 27/09/2012.

As cotações do milho em Chicago igualmente recuaram, porém, em proporção bem menor do que as da soja. O fechamento desta quinta-feira (27) ficou em US$ 7,16/bushel, após US$ 8,07 no primeiro dia útil do mês. Confirma-se assim nossa análise passada que alertava para o fato de que a soja havia subido desproporcionalmente em relação aos demais grãos. Agora, parece que o mercado inicia um processo de ajustamento, aproveitando-se do novo contexto da safra dos EUA, já em colheita.

Dito isso, as condições das lavouras de milho nos EUA apontavam, no dia 23/09, 51% entre ruins a muito ruins, 25% regulares e 24% entre boas a excelentes. A colheita do cereal, atingia, na mesma data, cerca de 40%.

Ao mesmo tempo, analistas privados prevêem uma safra final nos EUA um pouco melhor do que o USDA anunciou em seu relatório de setembro. A Informa Economics, por exemplo, indica que o volume final possa ficar em 281,86 milhões de toneladas, contra 281,05 milhões anunciados em pelo USDA.

Paralelamente, neste dia 28/09 o mercado esperava o relatório de estoques trimestrais nos EUA, sendo que para o milho a projeção era de 28,4 milhões de toneladas, o que deixaria os mesmos nos níveis do ano passado. O alerta é que, em função da colheita estar adiantada atualmente, tais estoques se apresentarem superiores ao que realmente deveriam estar, confundindo o mercado. (cf. Safras & Mercado)

Por sua vez, na Argentina, o mercado espera um recuo de 10% na área semeada com milho, em favor da soja, num procedimento semelhante ao deverá ocorrer no Brasil.

Já os preços da tonelada FOB, na Argentina, fecharam a semana em US$ 265,00, enquanto no Paraguai o produto ficou em US$ 155,00, ambos para setembro.

No que diz respeito ao Brasil, os preços do cereal fecharam a média gaúcha na semana em R$ 28,36/saco no balcão, enquanto os lotes registraram R$ 31,75/saco no norte do Estado, com novas baixas na média. Nas demais praças nacionais, os lotes giraram entre o mínimo de R$ 16,50/saco no Nortão do Mato Grosso e R$ 33,75/saco nas regiões catarinenses de Videira e Concórdia. Como se pode notar na tabela situada no início deste boletim, algumas praças viram seus preços melhorar um pouco, enquanto nas regiões de safrinha houve novas e fortes quedas percentuais nos valores pagos aos produtores.

Ao mesmo tempo, as exportações de milho, para setembro, já totalizavam 2,32 milhões de toneladas, após vendas de 823.000 toneladas na semana do 16 ao 22 de setembro. O embarque total poderá chegar realmente, em setembro, ao redor de 3 milhões de toneladas, se estabelecendo em novo recorde histórico para um mês.

O plantio da safra de verão do cereal, no Brasil, até o dia 14/09, chegava a 3,5% no Centro-Sul, sendo 12% no Rio Grande do Sul. Todavia, nesse Estado, os temporais do dia 18/09 e as geadas tardias desta última semana praticamente dizimaram muitas lavouras, exigindo replantio. Quanto a safrinha, a colheita no Centro-Sul nacional já estaria praticamente concluída neste final de setembro.

Enfim, a importação no CIF indústria brasileira, para setembro, ficou em R$ 48,34/saco para o produto dos EUA e R$ 39,55/saco para o produto oriundo da Argentina. Para outubro, o produto argentino manteve o mesmo preço de setembro. Já nas exportações, o transferido via Paranaguá, registrou R$ 30,88/saco para setembro; R$ 31,06 para outubro; R$ 31,13 para novembro; R$ 31,23 para dezembro; R$ 31,38 para janeiro; R$ 31,25 para fevereiro; R$ 31,75 para março e R$ 31,48 para abril/13.
Fonte: CEEMA – Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.

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