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17h14

ANÁLISE SEMANAL DO MERCADO DO TRIGO – período de 11/05 a 17/05

As cotações do trigo em Chicago, após iniciarem a semana (11/05) em apenas US$ 5,92/bushel, acabaram fechando a quinta-feira (17/05) em recuperação, voltando ao patamar de US$ 6,57/bushel. Mas a tendência continua de recuo caso não haja frustração na safra dos EUA e o volume mundial produzido fique nos patamares projetados no momento para 2012/13.

Por sua vez, as vendas líquidas estadunidenses de trigo, referentes ao ano comercial 2011/12, iniciado em junho/11, ficaram em 256.700 toneladas na semana encerrada em 3 de maio, contra 256.700 toneladas na semana anterior.

As Filipinas (95.000 toneladas) foi o principal país comprador. As vendas líquidas referentes à temporada comercial 2012/13, a ser iniciada em 1º de junho de 2012, ficaram em 328.900 toneladas na mesma semana. A Arábia Saudita, com 110.000 toneladas, foi o principal comprador. (cf. Safras & Mercado)

Já as inspeções de exportação dos EUA em trigo chegaram a 762.109 toneladas na semana encerrada no dia 10 de maio. No acumulado do ano comercial, iniciado em junho/11, as inspeções somam 26,35 milhões de toneladas, contra 32,6 milhões no acumulado do ano anterior.

Quanto ao plantio do trigo de primavera nos EUA, o mesmo atingiu a 94% da área esperada no dia 13/05. A média histórica é de 64% para essa época do ano. As lavouras apresentam 60% em condições entra boas e excelentes, 26% regulares e 14% em condições de ruins a muito ruins.

Em termos mundiais, a Austrália anuncia uma produção menor em 2012/13, após duas safras seguidas de recordes. Espera-se um volume de 25 milhões de toneladas, após as 29,5 milhões desta última safra do cereal.

Enquanto isso, o plantio da nova safra de trigo na Argentina deverá recuar em 13%, ficando em apenas 4 milhões de hectares. Já para 2011/12 o vizinho país terá 10,2 milhões de toneladas para exportar.

No Mercosul, os preços continuam recuando. No Up River argentino, trigo para embarque em maio/junho ficou em US$ 231,00/tonelada, com perdas mensais de 2,9%. Em Bahia Blanca a tonelada ficou em US$ 240,00, recuando 3,6% em relação ao mês anterior. Em Necochea o recuo foi de 3% com a tonelada se fixando a US$ 227,00. No Uruguai, o valor da tonelada ficou em US$ 240,00, recuando 2,4%. Enfim, no Paraguai, o valor ficou em apenas US$ 218,00/tonelada, com perdas de 20,4% na comparação com o mês anterior. (cf. Safras & Mercado)

Por sua vez, no mercado brasileiro, os preços se mantiveram estagnados. O balcão gaúcho, sem grandes compradores, ficou em R$ 24,05/saco, enquanto os lotes giraram entre R$ 461,00 e R$ 465,00/tonelada. No Paraná, os lotes ganharam um pouco de valor, oscilando entre R$ 503,00 e R$ 507,50/tonelada.

Na prática, o plantio avança normalmente no Paraná, com 52% da área já semeada, sendo que 24% das lavouras estão em fase de germinação. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul a falta de chuvas, que já dura meses, atrasa sobremaneira o plantio do cereal, o que pode comprometer a produtividade final.

Em termos de comercialização, a tonelada em São Paulo chegou a R$ 580,00 no CIF moinhos para o trigo pão de qualidade superior. As recentes desvalorizações do Real, com a moeda nacional batendo em R$ 2,00, tornaram o trigo importado mais caro, porém, o valor do cereal no mercado externo também recuou, como vimos no caso do Mercosul.

Nessa quinta-feira (17) houve leilões de VEP, com o trigo gaúcho tendo um preço de abertura de R$ 450,00/tonelada e prêmio de R$ 94,36/tonelada. Já o produto paranaense ficou respectivamente com R$ 485,00 e R$ 129,60 por tonelada.

Nessas condições, o produto do Paraná já poderia chegar com melhor preço no Norte/Nordeste, estimulando o seu consumo.
Acima o gráfico da variação de preços do trigo no período entre /04 e 10/05/2012.
Fonte: CEEMA –Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.

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