As cotações do milho em Chicago recuaram um pouco no final da semana, porém, mantendo-se em níveis muito semelhantes ao que vem ocorrendo nas últimas semanas. O fechamento do dia 08/03 ficou em US$ 6,45/bushel, contra US$ 6,53 no dia 1º de março.
O mercado trabalhou na expectativa do relatório do USDA. O mesmo, divulgado neste dia 09/03, indicou o seguinte:
1) a produção e os estoques finais dos EUA foram mantidos respectivamente em 314 e 20,4 milhões de toneladas;
2) o patamar de preços, para o restante do ano comercial, ficou agora entre US$ 5,90 e US$ 6,50/bushel, fato que indica que o os atuais preços estão no limite alto deste patamar estabelecido pelo USDA no atual relatório;
3) a produção mundial do cereal foi projetada agora em 865 milhões de toneladas, havendo um pequeno aumento em relação ao relatório de fevereiro;
4) os estoques finais mundiais de milho ficam em 124,5 milhões de toneladas, perdendo um pouco em relação ao mês passado;
5) a produção brasileira e argentina está estimada, agora, respectivamente em 62 e 22 milhões de toneladas (nota-se que a produção brasileira foi elevada em um milhão de toneladas);
6) as exportações brasileiras de milho chegariam a 10 milhões de toneladas nesse novo ano comercial 2012/13, iniciado em 1º de fevereiro.
Por outro lado, mesmo com o barril do petróleo permanecendo ao redor de US$ 106,00 no mercado mundial, a produção de etanol registrou queda de 2% na sua produção nesta semana nos EUA.
Enquanto isso, as exportações semanais atingiram 787.679 toneladas nos EUA, ficando dentro das expectativas do USDA. Isso foi visto pelo mercado como algo positivo.
Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB fechou a semana em US$ 280,00 e US$ 190,00 respectivamente. A entrada da nova safra, mesmo com quebras climáticas, inibe preços superiores a esses.
No Brasil, a média gaúcha no balcão ficou em R$ 26,52/saco, enquanto os lotes no norte do Estado registraram R$ 27,75/saco na região de Carazinho. Nas demais praças, os lotes oscilaram entre R$ 22,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 28,25/saco em Videira e Concórdia (SC). Importante destacar que a safrinha de milho no Mato Grosso continua cotada entre R$ 15,00/saco em Sorriso e R$ 17,00/saco em Primavera do Leste.
Na prática, os preços do milho continuam estacionados nos níveis indicados, embora haja fortes perdas no oeste catarinense e no Rio Grande do Sul. Os mesmos poderão melhorar se Chicago subir e/ou as exportações brasileiras, neste novo ano comercial iniciado em 1º de fevereiro, alcançarem níveis ao redor de 9 milhões de toneladas mais uma vez. Por enquanto, no primeiro mês (fevereiro), o volume exportado ficou em 279.200 toneladas, o que era esperado pelo mercado.
Enfim, os leilões de venda de milho por parte da Conab, para aliviar os custos dos criadores de suínos e aves em particular, registraram uma demanda de 21.863 toneladas ou 42,2% do volume ofertado.
A semana terminou com o preço CIF de importação, junto às indústrias brasileiras, se estabelecendo em R$ 40,13/saco para o produto dos EUA e R$ 37,45/saco para o produto argentino, ambos para março. Para abril, o produto argentino ficou igualmente em R$ 37,45/saco. Já na exportação, o transferido via Paranaguá, para março ficou em R$ 28,11; abril em R$ 28,52, maio em R$ 28,42, junho em R$ 28,25, julho em R$ 26,78, agosto em R$ 26,60, setembro em R$ 26,54 e outubro em R$ 26,80/saco.
Fonte: CEEMA – Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário.