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15h04

MANEJO DO COMPLEXO DE PRAGAS NA CULTURA DE SOJA - Parte II

Em sequência às recomendações técnicas e os cuidados com a cultura da soja, no Informativo COTRIJUI do dia 29/01 (domingo), o Engº Agrº Mário Fossati abordou o tema: Manejo do Complexo de Pragas na Cultura da Soja, chamando a atenção dos produtores para cada advento e o manejo adequado em cada situação.

A cultura da soja está vulnerável a vários ataques de pragas, embora haja o controle destas pelos seus predadores, podem ocorrer um aumento na população das mesmas por conta de fenômenos climáticos, sendo necessária a ação de pulverizadores, para que não causem danos a soja.

As pragas são divididas em pragas primárias, que são aquelas que causam maior dano à lavoura, como as lagartas e os percevejos; e as pragas secundárias, como os cascudinhos, ácaros, tamanduá da soja, entre outros, que causam menores danos, mas que se atacarem em grandes quantidades, podem ser equiparados aos das pragas primárias. As pragas secundárias tem aparecimento geralmente na incidência de estiagem e durante os estágios finais da cultura. Este ano as pragas apareceram bem antes, o que fez com que o produtor tivesse que fazer o controle delas já no inicio da cultura.

MANEJO DO CONTROLE DAS PRAGAS:

O manejo adequado é muito importante para sua efetividade na proteção da cultivar. Basicamente se fala em manejo de lagarta, pois anteriormente a cultivar é composta por uma vasta área folhar, o que atrai a estes animais. Hoje a quantidade de folhas é menor, tolerando menor perda destas folhas, porém atraindo uma menor quantidade de lagartas, facilitando o controle desta praga. A dose e o produto a ser utilizado, leva em conta a espécie, a população da lagarta e a área foliar da planta.

No caso do percevejo, que é uma das pragas que mais causam danos à planta, devido ao fato de que o produtor tem entrado com o controle muito tardiamente sendo que para maior eficácia do produto, ele deve ser aplicado de forma preventiva. Os danos são maiores quando a planta está em seu período reprodutivo, quando ocorre enchimento de vagem.

O tamanduá da soja, este ano esta ocorrendo com uma população razoável, mas o suficiente para causar danos à planta, pois ele quebra as hastes da cultivar para depositar suas larvas, interrompendo o recebimento de nutriente do solo e mais tarde o tombamento da planta. Geralmente o seu aparecimento deve-se a erro de manejo, portanto é necessário que o produtor esteja atento ao monitoramento de sua lavoura.

Quanto aos ácaros, que são aracnídeos, e que não causavam problemas até nos últimos anos, agora é preocupante, pois o fungo que mantinha o controle destas pragas perdeu sua efetividade devido a algumas formas de tratamento. O melhor manejo nesses casos é o acaricida que é específico para esse tipo de praga.

Já os trips, que tem aparência semelhante ao da pulga, não causam danos significativos. Neste caso, recomenda-se a pulverização e para isso deve-se ter atenção ao produto a ser utilizado para que o manejo seja feito de forma correta e eficaz.

Para o manejo correto das pragas da lavoura de soja, consulte o Departamento Técnico da sua Unidade.

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