O Presidente da Cotrijui - Carlos D. Poletto participou de reunião no MAPA, no dia 23.11, juntamente com a FECOAGRO/RS e outras lideranças, quando foi confirmado leilão extra de PEP, que será realizado no dia 30.11, com prêmio disponível para a próxima semana de 360 mil toneladas para todo o Brasil, mas com uma boa cota para o Rio Grande do Sul.
O Presidente destacou a importância da mobilização. "Antes de fazer essa incursão a Brasília, fizemos uma preparatória para defender os interesses do produtor e da cadeia produtiva, identificando dificuldades que persistem", comentou. Poletto ressaltou que a dificuldade de liquidez com o trigo é enfrentada todos os anos, mas que nesse ano o quadro se agravou. "É um problema que se acentuou muito e justamente no ano que fizemos uma das melhores colheitas em termos de produtividade e qualidade, o produto não tem liquidez porque a importação é mais conveniente para as indústrias”, destaca.
Como resultado da reunião, Poletto destaca que além do anúncio do leilão extra, o governo decidiu aumentar também o volume dos outros leilões que estavam programados. "O preço mínimo prometido não estava acontecendo, por isso precisávamos da participação do governo com recursos através do PEP", explicou.
Poletto lembra que em anos anteriores, os leilões aconteciam semanalmente e agora seriam quinzenais, portanto agravando o quadro. Fomos atrás e conseguimos melhorar as expectativas, o que não significa que isso vai atender toda a demanda e o interesse dos produtores.
O presidente da Cotrijui aponta que os mínimos negócios que estavam acontecendo, no momento em que o governo anunciou o calendário de leilões, os negócios pararam totalmente. "As indústrias se retiraram, até porque estão importando trigo de outros países, em função do câmbio favorável”, disse sobre a entrada de trigo da Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, entre outros.
Uma outra medida anunciada é que aqueles volumes destinados à compra do trigo brando, que não tinha demanda, foram alterados. "A verdade é que não há trigo brando, temos praticamente 100% de trigo pão, orientados pela indústria e pelo próprio governo, então o produtor fez a sua parte. Este volume que estava colocado nos leilões e não tinha negócio, a partir de agora passa a integrar os volumes do trigo pão", confirmou.
Para Poletto, as medidas anunciadas com volumes maiores e com o leilão extra, abre a possibilidade da retomada dos negócios.
"Eles devem voltar a acontecer dentro de um prazo ainda imprevisível, mas as medidas podem provocar reações concretas para o setor”, destaca revelando que o RS terá uma produção em torno de 2,5 milhões de toneladas, com mais de um milhão de toneladas de excedentes.
“Para alcançar o preço mínimo, somente com o complemento do PEP, conquistado em leilões disputado entre interessados na venda”, conclui.