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08h09

SEMINÁRIO DA PECUÁRIA LEITEIRA PREPARA PRODUTORES PARA CRESCER NA ATIVIDADE

Ao abrir o 11º Seminário Regional da Pecuária Leiteira da COTRIJUI, o presidente Carlos Poletto lembrou: “desde o primeiro seminário procuramos fazer a nossa parte com informações que buscam o profissionalismo na atividade leiteira”. Na condição de Conselheiro de Administração da CCGL, Poletto afirmou que as tratativas para a construção da segunda torre de beneficiamento de leite na indústria da central em Cruz alta estão avançadas. A respeito de preços do leite, usou o jargão que afirma que “o alimento é sagrado”, para justificar os baixos preços oferecidos, com o agravante de importar-se o produto em detrimento da produção interna. Pior ainda é quando as grandes redes varejistas aviltam o preço do leite como propaganda, chamarisco para atrair clientes e vender outros produtos.

Falou em seguida o médico veterinário Antenor Fornazari Neto, com especialização na produção e marketing de produtos de origem animal. Sintetizou sua fala sobre o tema “Importância do manejo da vaca Leiteira no período de pré e pós parto” sobre três enfoques: manejo, ambiente e nutrição. “Cada vaca precisa de seis metros quadrados de sombra e local apropriado para a ruminação, e cada um de nós deveria passar por um dia de vaca, para então entender que as elas necessitam de um cuidado especial”, comentou Fornazari. Mostrou que os animais nos estágios de pré e pós parto necessitam de tratamento diferenciado, sob pena de entrarem em estado de estresse e comprometer o potencial produtivo.

A meteorologista Cátia Valente (Somar Meteorologia), antes de traçar em gráficos e palavras o comportamento do clima anunciado para a primavera-verão 2010/2011, disse que “a prevenção é sempre a melhor solução”.
Mostrou como as frentes frias, a corrente de jato e a umidade vinda da Amazônia traçam o comportamento climático no Rio Grande do Sul, segundo ela o estado que mais sofre com as mudanças.
Conforme Cátia Valente a queda na temperatura da superfície do mar (TSM) é de até dois graus centígrados, caracterizando período de La Niña (volumes de chuva inferiores ao período de El Nino). O fenômeno será sentido segundo as tendências a partir de novembro próximo, estendendo-se até abril ou maio de 2011. Disse que tanto ela quanto a equipe da Somar Meteorologia estão sempre à disposição dos produtores, sabendo que a informação é um insumo importante para prevenir, não importa se em quadros de chuva excessiva ou na sua escassez.

Na palestra da tarde o engenheiro agrônomo Wagner Brod Beskow, com doutorado no Manejo de Sistemas Pastoris (Universidade de Massey/Nova Zelândia) pensou em voz alta junto com os mais de quatrocentos atentos produtores sobre “O futuro da propriedade rural na atividade leiteira”.
Conhecedor da realidade e dos desafios e avanços que a atividade experimenta a cada ano, o pesquisador da CCGL-TEC afirmou: “O futuro requer mudanças e sabemos que mudança não é para qualquer um”. Fez paradoxos entre o perfil de um produtor (antes) e as Unidades demonstrativas, profissionalizadas, de hoje. “Só olha para o passado o museólogo, historiador. Na atividade leiteira, devemos focar daqui pra frente, pelo menos vinte anos”, afirmou Beskow.
Reforçando o que o Presidente da COTRIJUI Carlos Poletto afirmara pela manhã, o Dr. Wagner Beskow disse que o normal do preço para o leite é a montanha russa que se observa, com altos e baixos. Que o produtor só pode se precaver melhorando seus índices de produtividade dentro da porteira. Afirmou que dentro de dez anos as propriedades terão aumentado suas áreas para se tornarem competitivas e que nem todos vão se adaptar a essa realidade. Que essa tendência já se observa no mundo há alguns anos. Será normal e sobreviverá uma propriedade com duzentas vacas produzindo 9.760 litros de leite por lactação (32 litros/vaca/dia). Mais do que isso, a atividade já está exigindo profissionais cada vez mais habilitados. Um fator altamente favorável é a possibilidade de produzir leite (e carne) a pasto irrigado, pois a água ainda é de graça. Exortou os mais jovens a encararem a atividade leiteira com dedicação, auxiliando na modernização dos sistemas de produção e na gerência da propriedade.

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