Após duas sessões consecutivas de baixas e um relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com poucas novidades, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham buscando uma ligeira recuperação na manhã desta quarta-feira (13).
Os principais contratos, por volta de de 7h45 (horário de Brasília), subiam entre 3 e 3,25 pontos, com o janeiro/18 cotado em US$ 9,78 e o maio/18, referência para a safra brasileira, com US$ 10,01 por bushel.
O mercado internacional parece ainda buscar uma direção neste momento, já que há ainda forte incerteza climática para a safra 2017/18 da América do Sul, especialmente em importantes regiões produtoras da Argentina.
Previsões atualizadas mostram, em alguns modelos, mais chuvas no país chegando na próxima quinzena de dezembro, podendo trazer algum alívio às áreas que sofrem com a seca. "Mas, a intensidade desse alívio vai variar em todo o país", diz Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Australia.
Além disso, o executivo explica ainda que, segundo especialistas, algumas regiões ainda continuarão a sofrer com os baixos níveis de umidade no subsolo, e essas áreas que poderiam ficar ainda mais secas.
Os traders acompanham também as expectativas sobre o Brasil. Embora alguns problemas pontuais venham sido registrados em importantes áreas produtoras do país, a nova safra poderia surpreender, segundo analistas internacionais. A Conab estima pouco mais de 109 milhões de toneladas, e o USDA, 108 milhões para a colheita 2017/18.
Foco também sobre o câmbio, com o dólar passando por um momento de força frente ao real. Ontem, a moeda americana fechou acima dos R$ 3,30 e ajudou a pressionar, como explicam analistas e consultores, a pressionar Chicago. Por outro lado, ajuda a puxar os indicativos no Brasil.
Fonte: Notícias Agrícolas