Levatamento da consultoria norte-americana AGResources indica que de 45-47% da soja na Argentina já foi plantada até o momento. Clientes da ARC na Argentina informam, ainda, que possuem umidade no solo o suficiente para continuar o plantio por mais 3-5 dias, até que o clima fique muito seco para proporcionar uma boa germinação. As projeções para a primeira metade de dezembro não indicam reversão deste quadro climático. Apesar de precipitações pontuais nas próximas 72 horas sobre a Argentina, a mudança de padrão é necessária para manter o bom desenvolvimento da safra na região. O que até o momento, não é previsto. A equipe AgResource preparou um vídeo especial com a abordagem no tema do La Niña para a América do Sul e as possíveis consequências do mercado a este evento:
A demanda especulativa disparou uma alta expressiva na CBOT na segunda-feira (dia 5). Os futuros da soja e do farelo lideraram o movimento, com operadores discutindo as possíveis variações climáticas para a América do Sul e as consequências de uma eventual seca moderada para a safra da Argentina e do Brasil. A Agência Nacional de Meteorologia da Austrália confirmou a existência do fenômeno climático La Niña para dezembro, e com grandes probabilidades de permanência nos primeiros meses de 2018.
Gestores de fundos estão cientes das correlações entre a redução de produtividade da safra e o clima seco consequente da La Niña, em grande parte da América do Sul. Além do mais, as margens de esmagamento da soja na China têm se recuperado para patamares positivos, com o reaquecimento do mercado de proteínas animal na Ásia.
A ARC estima que a gigante China importou de 9,75-10,25 MT de soja em novembro e que, em dezembro, poderá se levemente retraída para 8,25-8,75 MT, seguindom movimento sazonal de desaceleração de final de ano.