Como não poderia deixar de ser, as projeções para a safra 2016/17 de soja do Brasil já causam polêmica mais uma vez, Se desenvolvendo de forma muito satisfatória nas principais regiões produtoras do país – Mato Grosso e Paraná – as perdas que podem ser registradas em áreas que vêm sendo acometidas por adversidades climáticas seriam compensadas, segundo acreditam analistas e consultores de mercado.
As estimativas têm variado de 103,1 milhões – como projeta a AgRural – a até algo que possa chegar a 106,17 milhões de toneladas, segundo a Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica. E para Carlos Cogo, esse número já contabiliza as perdas que poderiam ser sentidas na região do Matopiba, especialmente na Bahia. “Estamos trabalhando com uma área plantada de 34,12 milhões de hectares e lavouras que têm se desenvolvido muito bem”, diz.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em seu último reporte apresentado em janeiro, estimou a produção nacional em 103,8 milhões de toneladas. Assim, como explica o executivo, as principais diferenças entre sua projeção e da instituição se dão nas colheitas de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Cogo estima que as safras destes estados ficarão em, respectivamente, 29,8 milhões; 18,3 milhões e 16 milhões de toneladas, enquanto a companhia espera números de 29,08 milhões; 17,02 milhões e 15,38 milhões de toneladas.
Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, a média de produtividades nessas principais regiões produtoras do Brasil deverá superar as 55 sacas por hectare, com lavouras apresentandos condições que podem ser consideradas as melhores dos últimos anos, em muitas áreas.
Fonte: Cenário MT