O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial. Este que estamos vivenciando possui fraca intensidade, e os modelos climáticos anteriormente não estavam convergindo em uma decisão sobre a sua intensidade e duração.
A partir de agora, os institutos internacionais de meteorologia chegaram à conclusão de que o fenômeno não deve persistir além da primavera no hemisfério Norte e outono no hemisfério Sul. “As condições atmosféricas atreladas ao La Niña devem ficar evidentes até o fim do primeiro semestre”, explica Willians Bini, meteorologista da Somar.
Por se tratar de um fenômeno fraco, a volta das chuvas não foi tão intensa para a região do Matopiba da mesma maneira que a estiagem não chega a ser tão severa no Sul. Afinal, uma das características do La Niña é potencializar os períodos de estiagem que são comuns no Sul do Brasil ao longo do verão. Da mesma maneira que aumenta a quantidade de chuvas para as áreas agrícolas do Matopiba.
“As chuvas retornaram para o Nordeste, mas ainda estão irregulares e com uma distribuição geográfica que não favorece todos os produtores”, diz Bini. O que fica claro é que esta será uma safra melhor para o Nordeste, mas ainda bem longe do ideal.
Se a previsão do enfraquecimento do La Niña for confirmada, o risco para um inverno intenso e com mais episódios de geadas diminui. As culturas de inverno, como o trigo, a cevada e a aveia, não terão tantos problemas com as ondas de frio.
Fonte: Canal Rural