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07h49

Soja: Semana de preços mais competitivos no Brasil atrai compras da China esta semana

Embora a semana tenha sido agitada para os preços da soja e também para o câmbio, o mercado não contou com muitas notícias novas e foi apenas, como explicam consultores e analistas de mercado, refletindo cenários já conhecidos. No cenário internacional, a atenção acabou se voltando para o petróleo, após a chegada do acordo de corte na produção firmado pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), pela primeira vez em oito anos. No doméstico, a turbulenta cena política ganhou os notíciários e impactou diretamente no dólar. 

A disparada da moeda americana na última quinta-feira, 1º de dezembro, já a levou a superar largamente os R$ 3,40 e estimulou novos negócios nos últimos dias. A divisa terminou a semana, afinal, com uma valorização acumulada de 1,73% e cotada em R$ 3,4726, que é, segundo a Reuters, o maior valor desde 14 de julho. 

A movimentação da comercialização não foi tão intensa como a da última semana, mas segue registrando um ritmo melhor do que vinha sendo observado há alguns meses. Estimativas não oficiais indicam que o Brasil já conta com, aproximadamente, pouco mais de 40% da safra 2016/17 comercializada. 

Os patamares mais altos assumidos pelos preços praticados na Bolsa de Chicago, por outro lado, levaram os prêmios pagos pela soja a começarem um movimento de recuo nos portos brasileiros o que motivou, por outro lado, uma demanda maior pela soja nacional. Segundo a Agrinvest Commoditie informou nesta sexta (2), há relatos de tradings pagando R$ 82,50 por saca, sobre rodas em Paranaguá, com o equivalente de 42 cents por bushel sobre Chicago. "O basis (prêmio) está fraco, porém, isso indica crescimento do line-up de soja para janeiro. Brasil tomando mercado nos EUA (...) Nessa semana, a China comprou entre 15 e 20 barcos de soja no Brasil".

Os preços da oleaginosa nos portos nacionais, segundo o levantamento feito pelo Notícias Agrícolas, recuaram nas referências para o produto disponível, enquanto se mantiveram estáveis no mercado futuro. No terminal de Paranaguá, os valores foram de, respectivamente, R$ 80,00 e R$ 82,00 por saca, enquanto em Rio Grande ficaram com R$ 81,50 e R$ 86,00 por saca. Ao longo da semana, as cotações para a soja da safra nova, no entanto, superaram esses patamares, principalmente em Rio Grande. 

No interior do Brasil, ao contrário dos portos, os preços da soja subiram em boa parte das principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Em Ponta Grossa, no Paraná, por exemplo, alta de 3,9% para R$ 80,00 por saca; de 5,8% em Assis/SP para R$ 71,32 e de 2,99% para R$ 69,00 em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul. 

"Lembrando que o Brasil deve começar a colher no extremo oeste do Paraná e na região de Lucas do Rio Verde e Sorriso, Mato Grosso, após o dia 25 de dezembro. Essa primeira soja deve ser disputada pela indústria local, porém, a China já monitora há algumas semanas as ofertas de soja do Brasil", explica a analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea Sousa Cordeiro. 

Enquanto isso, no mercado internacional, os preços da soja continuaram refletindo seus fundamentos mais conhecidos e ansiosos por novidades. Seguem no radar dos traders e dos investidores, a demanda - especialmente da China - o clima na América do Sul e os desdobramentos do mercado financeiro internacional. As principais posições cederam pouco mais de 1% nesta semana na CBOT, com o vencimento maio/17, referência para a safra brasileira, encerrando os negócios com US$ 10,44 por bushel. 

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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