Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, nesta quinta-feira (17), buscam uma recuperação após as perdas de ontem e trabalham em campo positivo. Os contratos mais negociados subiam entre 4 e 5,25 pontos, levando o janeiro/16 a US$ 9,89 e o maio/17, referência para a safra brasileira, a US$ 10,07 por bushel, por volta das 7h15 (horário de Brasília).
O mercado internacional tem se mostrado bastante volátil nos últimos dias, ainda sentindo a influência do mercado financeiro - como a alta do dólar em mais de 13 anos no cenário internacional ontem - além do acompanhamento da safra 2016/17 agora da América do Sul - após a conclusão nos EUA - e também as novidades que chegam do lado da demanda. O consumo da oleaginosa americana segue bastante aquecido e atuando como o mais importante fator de suporte das cotações neste momento.
E nesta quinta-feira, chegam os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de vendas semanais para exportação e, dependendo de seu teor, podem trazer ainda mais estímulo aos preços na CBOT. As expectativas do mercado são de algo entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de toneladas.
Outro fator que ganhou espaço nesta semana, mas parece já ter perdido a força de seu impacto foi a especulação forte sobre o mercado de commodities da China e a possibilidade de que ele sofresse alguma limitação de volatilidade. Segundo analistas, os mercados chineses hoje tiveram uma nova sessão positiva e parecem já estar dissipando os efeitos desses rumores.
Com isso, na Bolsa de Dalian, os futuros da soja e do farelo voltaram a subir, bem como os de óleo de palma, que encerraram os negócios com altas de mais de 1%. O reflexo em Chicago, portanto, é também positivo.
Há neste momento, portanto, uma junção de fatores sendo sentida pela commodity em Chicago. "Grandes safras, grandes estoques, um dólar mais forte e o real e o peso argentino mais fraco. Tudo isso pesa sobre os preços", informa, em nota, a Benson Quinn Commodities nesta manhã de quinta. O papel da demanda, assim sendo, segue mais do que fundamental.
Fonte: Notícias Agrícolas