Será concluída na próxima sexta-feira, dia 17, a campanha de vacinação contra a febre aftosa no rebanho de bovinos e bubalinos do Rio Grande do Sul.Esta primeira etapa da campanha foi aberta no dia 1º de maio e tinha conclusão prevista para 31 de maio. No entanto, a pedido de pecuaristas da região Sul, que sofreram com as fortes chuvas no último mês, a campanha foi prorrogada até o dia 17 de junho.
Com mais de duas semanas extras, o índice vacinal avançou em todas as regiões. Dados coletados na última sexta-feira indicam que, nos municípios abrangidos pela Coordenadoria Regional de Agricultura em Ijuí, 95% do rebanho de bovinos e bubalinos recebeu a imunização contra a febre aftosa.
Somente no município de Ijuí, dos 24 mil animais, 21 mil haviam recebido a vacina até a última semana. Os dados, porpem, ainda estão sendo atualizados, e um índice vacinal superior a 92% é considerado satisfatório pelas autoridades sanitárias.
Neste ano, mesmo as regiões que não foram atingidas por fortes chuvas, como foi o caso da Campanha, registraram baixa adesão à campanha, tanto por parte dos produtores contemplados com doses gratuitas, quanto pecuaristas que devem adquirir a vacina em estabelecimentos credenciados.
"Acredito que o Estado demorou muito para divulgar essa redução no número de doses gratuitas (caiu de 30 para 10 dosespor produtor enquadrado no Pronaf e no Pecfam), pois apenas 10 dias antes do início da campanha os novos critérios foram divulgados", argumenta o Coordenador Regional de Agricultura, Emílio Stumm. "Ganhamos com essa prorrogação, pois se o prazo terminasse no dia 31 de maio ficaríamos com um baixo índice vacinal na região", completa.
O prazo da campanha vale também para os produtores que precisam comprar as doses da vacina. A legislação obriga estes pecuaristas a apresentarem notas fiscais das doses de acordo com o tamanho do rebanho declarado. As notas podem ser apresentadas até cinco dias após o término da campanha, com sansões para quem não comparecer à inspetoria veterinária.
"Quem não cumprir os prazos sofre uma multa inicial de R$1024,00, além de 3 UR por animal. Nossa UR está em R$17, ou seja, mais R$54 por animal não vacinado", explica Stumm.
Fonte: Jornal da Manhã