De acordo com o analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco, o Brasil vai precisar importar 2,38 milhões de toneladas este ano. “Faltam ainda três meses (junho, julho, agosto) antes do início da colheita da nova safra. Os moinhos têm estoques por, pelo menos, 30 dias. Então a necessidade seria dois meses”, explica ele.
“Mesmo com a redução da moagem, o volume mensal seria de 816 mil tons para todo o Brasil. A necessidade de importação até setembro seria de 1.632 mil toneladas. Depois de setembro, mais 750 mil toneladas para os moinhos do Norte/Nordeste – totalizando algo ao redor de 2,38 milhões de toneladas”, sustenta.
De acordo com o especialista, os moinhos do Norte e do Nordeste já estão se abastecendo apenas de trigo importado, e deverão continuar. “Dependendo da qualidade e disponibilidade da produção do Sul do Brasil, estas importações teriam que vir parte da Argentina, parte do Uruguai (para a produção de farinhas industriais), parte dos Estados Unidos e Canadá (para a produção ou mescla para a produção de farinhas de panificação), porque os dois primeiros não dispõe de trigo com 12% de proteína”, conclui.