Com 44,2 milhões de hectares (ha) cultivados em 2015, o Brasil aumentou em 5% sua área de culturas transgênicas em relação ao ano anterior, quando haviam sido plantadas 42 milhões de hectares. Trata-se do maior crescimento mundial na adoção de biotecnologia, o que coloca o País como segundo maior produtor de OGMs (atrás apenas dos Estados Unidos, com 70,9 milhões de ha).
Os dados constam em relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), divulgado nesta quarta-feira (13.04), Segundo o fundador e diretor emérito do ISAAA, Clive James, a maior aceitação dos transgênicos por parte dos agricultores ocorre porque a tecnologia foi rigorosamente testada e teve sua eficácia comprovada nos últimos 20 anos.
No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) bateu recorde na aprovação de novos eventos: 14 plantas transgênicas foram liberadas em 2015 – a maioria em soja, milho e algodão. Entre as novidades se destacou a confirmação comercial do primeiro eucalipto transgênico do mundo.
“A competitividade do agronegócio brasileiro é resultado de uma forte sinergia entre as necessidades do campo, adoção da biotecnologia agrícola e critério científico em avaliações de biossegurança [...] não há um só estudo científico que tenha concluído que eles causam danos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente”, afirma a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani.
“Dentre os países em que a biotecnologia está mais presente, o Brasil é o único que consegue expandir área sem avançar sobre áreas de preservação, por meio da recuperação de áreas degradadas”, conclui Adriana.
Fonte: Agrolink