A colheita do milho avança em retorno acelerado em virtude do sol e altas temperaturas. Por outro lado, o sol e as temperaturas elevadas começam a preocupar os produtores de soja, bem como os que estão em fase de plantio da safrinha. "Claro que esperamos que as chuvas retornem o mais breve possível" , finalizou o Presidente da Cotrijui, Vanderlei Fragoso.
A colheita do milho no Rio Grande do Sul atingiu na semana passada 6% da área cultivada. O levantamento é do serviço de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho (Emater/RS). Segundo a instituição, nas regiões de Santa Rosa e Frederico Westphalen, onde a colheita do milho atingiu 12% da área, as produtividades obtidas têm variado entre 7.200 e 8.400 quilos por hectare, “volume considerado elevado para essas regiões”.
Na avaliação dos técnicos da Emater, apesar do excelente resultado é prematuro tomar como base para o restante do Estado, tendo em vista o baixo percentual colhido até o momento. Eles observam que o excesso de chuva provocou, em alguns casos, perda da qualidade do produto, “pois os grãos estão deteriorados na parte superior e brotando na base das espigas. Tais condições provocam bastantes descontos na entrega do produto ou mesmo seu refugo.”
Nas áreas onde o cereal é destinado para alimentação de bovinos na forma de silagem, também houve avanço na área colhida, chegando a 17% do total plantado, dizem eles. Nessas áreas, devido ao excesso de umidade e ao intenso trânsito de máquinas, se observa em alguns casos compactação do solo, fato que poderá comprometer o desenvolvimento das culturas subsequentes de inverno, ou mesmo das chamadas safrinhas de milho ou soja, afirma o relatório da Emater/RS.
No caso da soja, os técnicos destacam o bom desenvolvimento das lavouras, das quais 25% estão em fase de florescimento e algumas em fase de enchimento de grãos (5%). Segundo os técnicos, a melhora das condições climáticas possibilitou melhor o controle de ervas invasoras e de doenças fúngicas como míldio, oídio, sintomas de bacteriose e antracnose.
Os técnicos observam que muitos agricultores aproveitaram para realizar a primeira aplicação de fungicida, “tendo em vista que em algumas lavouras foram identificados focos de ferrugem asiática”.