O peso das exportações do agronegócio no PIB do Rio Grande do Sul só não será maior em 2015 por conta da queda nos preços internacionais das commodities. Com quantidade embarcada 28,45% maior, o setor deve responder por 9% da geração de riquezas, conforme levantamento feito pela assessoria econômica da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Na receita em dólares, o ano fechou com recuo de 4,6% (veja gráfico abaixo). Na conversão para reais, a conta muda de figura devido à valorização da moeda americana frente ao real: o saldo cresceu 40%, alcançado R$ 36,6 bilhões.
– Se os preços das commodities não tivessem caído, seria ainda maior. Ainda assim, 9% é um peso enorme vindo de um único setor – diz Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.
Puxando os embarques, itens esperados, como a soja, e gratas surpresas, como o arroz, que depois de um primeiro trimestre difícil, fechou o ano-calendário com quantidade 6,67% maior exportada. Nesse caso, reflexo da melhora nos valores no mercado internacional e da competitividade ganha lá fora pelo produto brasileiro com a alta do dólar.
Para o ano de 2016, Luz diz que é preciso colher a safra antes de fazer projeções, mas avalia que será “bastante difícil bater o resultado de 2015”.