As condições climáticas nesta semana foram favoráveis à retomada do desenvolvimento das lavouras de arroz no Rio Grande do Sul, pois as chuvas foram esparsas e de menor intensidade. O comentário está no boletim semanal do serviço de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho (Emater/RS).
Os técnicos da instituição observam que, mesmo com a melhora do clima, ainda persistem fatores limitantes a serem enfrentados pelos produtores, como a reconstrução de taipas (muros de contenções), bueiros, estradas de acesso e desentupimento de drenos, o que implica em aumento dos custos de produção.
Eles dizem que recuo das águas permitirá uma melhor avaliação do real prejuízo causado pelas pesadas chuvas do final do ano passado. OInstituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) calcula que cerca de 140 mil ha foram alagados, dos quais cerca de 34 mil tiveram perda total. “Em termos regionais a Depressão Central foi a que teve a maior área afetada, com 15 mil ha perdidos em 1.142 lavouras”, dizem eles.
Conforme o boletim, a Fronteira Oeste foi outra importante região produtora de arroz bastante atingida, com cerca de 10 mil hectares perdidos. “Nas demais áreas só o tempo dirá o quanto realmente o clima prejudicou a cultura. De maneira geral o desenvolvimento ainda é considerado satisfatório, em que pese o atraso na aplicação de fertilizantes em cobertura e no controle de pragas e moléstias”, afirmam os técnicos.
Segundo eles, no momento a cultura se encontra com 15% das lavouras em fase de floração e 1% em enchimento de grão. Na comparação com a média dos últimos anos, o atraso é de dez pontos percentuais. A meteorologia prevê pouca chuva nos próximos 15 dias, fato que poderá influenciar, de forma positiva, o desenvolvimento das lavouras. Preço médio da saca de 50 kg, pago ao produtor, está em R$ 40,20.
Fonte: Revista Globo Rural