Os Estados Unidos devem aumentar sua área de plantio de milho e reduzir a de soja em 2016. A informação é do boletim que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado na última sexta-feira, 11 de dezembro, trazendo projeções de longo prazo e expectativas para a próxima década.
A produção do cereal deve apresentar um aumento de 2%, enquanto a soja, uma redução de 5%. Para isso, se espera que a área de milho cresça de 35,77 milhões deste ano para 36,62 milhões de hectares, e a produtividade foi revisada para cima, projetada em 179,17 sacas por hectare, contra 177,92 de 2015. Enquanto isso, se espera uma queda de 5% na área de soja para 33,8 milhões de hectares, com uma produção de 103,1 milhões de toneladas na próxima temporada.
O USDA estimou ainda o preço médio do grão em US$ 3,60 por bushel frente a uma projeção do site internacional Farm Futures de US$ 3,88 e da média de 2015 de US$ 3,65. Para a soja, a média esperada é de US$ 8,65 contra os US$ 8,41 esperados pela Farm Futures e os US$ 8,90 deste ano.
Para Bryce Knorr, analista sênior de grãos do Farm Futures, essas projeções, no entanto, merecem ser acompanhadas de perto na sua evolução, uma vez que os custos de produção ainda precisam ser estudados, principalmente para mo milho.
"Os atuais níveis baixos de rendimento podem continuar a ser registrados e os produtores continuando a plantar soja pois os custos são menores. O dinheiro será o 'rei' em 2016 e a soja é mais fácil de financiar. Assim, os agricultores usaram boa parte do seu capital e o milho é uma cultura muito cara, explica.
O retorno do milho projetado pelo USDA é de US$ 262,00 por acre (0,405 hectares), US$ 10,00 a mais do que a última previsão, refletindo expectativas menores nos custos de insumos em meio a um cenário de disputa entre as empresas de agroquímicos e defensivos. No caso da soja, esse retorno deverá ser de US$ 229,00 por acre, US$ 15,00 a mais do que a projeção do ano passado para a próxima temporada.
2025 - As estimativas vão até 2025 e, para este ano, a safra de soja é esperada para alcançar as 110,63 milhões de toneladas; a de milho 380 milhões e a de trigo, 58,2 milhões.