Com ampliação nos valores para financiamento agrícola da próxima safra, o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta uma produção de soja de 97 milhões de toneladas no Brasil. Segundo avaliação de analistas, mesmo que a soja tenha sofrido alguns revés de preços no Brasil com estoques altos, este ainda é o cultivo que traz os melhores resultados econômicos. Com o recente pico do dólar, as vendas aqueceram e os lucros não caíram de forma significativa. Também há indícios de que a produção de milho será consolidada na próxima safra com expansão de superfície no inverno e uma área um pouco menor no verão.
Em nações vizinhas, entre estas Uruguai e Argentina, a volta do fenômeno El Niño deve contribuir com as safras de grãos. Na Argentina, a Bolsa de Comercio de Rosário projeta uma safra de soja recorde de 60 milhões de toneladas. Paralelamente, a produção de milho deve cair. Mesmo com previsão favorável de Clima, no Uruguai as áreas de soja e milho devem reduzir. Segundo a consultoria de Montevideo Blasina & Asociados, a superfície uruguaia da oleaginosa pode cair até 20% após ter uma safra de verão recorde de 3,1 milhões de toneladas. Já a área de milho deve cair 10%.