Produtores de arroz do Rio Grande do Sul, propuseram à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a exclusão destes do grupos, do sistema de bandeiras tarifárias, que institui uma taxa extra na conta de luz quando a geração energética se torna mais cara.
A medida foi uma contribuição à Audiência Pública 006/2015 da Aneel encaminhada pela Câmara Setorial Nacional do Arroz. A Direção do órgão e da Comissão de Arroz da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), explica que os orizicultores não têm margens para reduzir o consumo energético na irrigação.
O arroz é uma atividade sazonal. O que determina o uso de mais ou menos água são questões agronômicas. Quando a planta necessita, é preciso irrigar. Diante desse quadro, perde-se o sentido da adoção das bandeiras, que é o de estimular a redução do consumo nas épocas em que a geração é mais cara, como está ocorrendo agora.
As bandeiras tarifárias foram implantadas visando estimular a economia de energia elétrica nos tempos de condições desfavoráveis de geração energética. O consumo é desestimulado por meio de taxas extras quando a bandeira estiver vermelha (maior custo de geração) ou amarela (condições intermediárias). Já a bandeira verde não implica em custo extra e indica custos menores de geração. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) também respondeu à audiência pública da Aneel.
A entidade sugere exclusão dos produtores rurais da nova modalidade de cobrança. Os gastos com energia elétrica representam 8% do custo operacional da lavoura irrigada de arroz.
Esse tema interessa para diversos associados da Cotrijui, já que estes cultivam arroz em grande escala nos municípios de Bagé e Dom Pedrito. A expectativa é de que a proposta receba sinal verde do Governo ainda neste mês.