Os resultados da rede experimental das cultivares de trigo indicadas para a região foram apresentados sexta-feira à tarde, no auditório da COTRIJUI, para produtores, profissionais técnicos e lideranças. O trabalho foi realizado pelo segundo ano pela Fundação Pró-Sementes, em parceria com o Sistema Farsul, e propiciou informações importantes no que se refere às cultivares de trigo que tiveram os melhores resultados na última safra.
As cultivares avaliadas atingiram resultados positivos, sendo que algumas renderam acima de cinco mil quilos por hectare, o que comprova, segundo o engenheiro agrônomo da COTRIJUI Darci Lorenzon, que os produtores da região dispõem de um bom grupo de variedades de trigo. “Não há uma variedade melhor, é preciso ter um grupo indicado para a região, nos diferentes ciclos e épocas de plantio”, diz. Algumas das cultivares se saíram melhor no primeiro plantio, outras, no segundo. Da mesma forma, materiais de ciclo precoce, médio e tardio tiveram desempenhos distintos. No geral, porém, os resultados são considerados satisfatórios. “Temos um grupo de cultivares com bom potencial”, avalia Darci.
A orientação aos produtores é para que apostem, a cada safra, em duas ou três cultivares diferentes, semeando em mais de uma época. Assim, os riscos tendem a ser menores. Os resultados da pesquisa, especificados por variedades, podem ser obtidos pelos produtores junto à assistência técnica. Darci destaca a importância da rede experimental para orientar produtores e técnicos no sentido de tomar decisões corretas quanto às melhores variedades de trigo para a região.
Este ano, pela primeira vez, o trabalho está sendo feito também com as cultivares de soja. O resultado, conforme Darci, deverá posicionar melhor as cultivares oficiais diante de cultivares sem origem conhecida e/ou oriundas de outros países; certamente deverá ser comprovada a existência de materiais com melhor performance desenvolvidas pela pesquisa local em termos de rendimento e tolerância às doenças.