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08h42

SOJICULTORES EM ALERTA COM A FERRUGEM ASIÁTICA

A identificação de dois novos focos da ferrugem asiática em lavouras comerciais, um em Três de Maio e outro em Tupaciretã, põe em alerta os sojicultores da região. O primeiro foco observado no Rio Grande do Sul nesta safra, em Cruz Alta, havia sido em plantas voluntárias, próxima à malha ferroviária, por onde é feito o transporte de grãos.
A ocorrência da doença já era esperada por produtores e técnicos. No ano passado, em Ijuí, os primeiros focos da ferrugem asiática foram detectados ainda na primeira quinzena de janeiro. Porém, como a partir de janeiro as chuvas tornaram-se mais escassas a doença não foi muito agressiva. O que preocupa, agora, é que, depois das últimas chuvas, as condições estão mais propícias para o desenvolvimento da doença, que pode causar perdas às lavouras de até 80%.
O engenheiro agrônomo a COTRIJUI Jaime Lorenzoni, explica que a infestação da ferrugem asiática ocorre normalmente a partir do início da floração. Durante o desenvolvimento vegetativo, a planta despende boa parte de sua energia para a auto defesa, quando entra na fase reprodutiva, a energia é canalizada para a produção, ficando a defesa mais vulnerável.
A infecção das plantas pela doença está condicionada à questão climática. Umidade alta, temperaturas amenas e molhamento folhar de no mínimo seis horas consecutivas, propicia a germinação do esporo (sementes do fungo) da ferrugem. Depois da germinação do esporo na folha, os sintomas aparecem em mais ou menos cinco dias, sendo possível visualizar os primeiros sintomas, que são os pontos escurecidos vistos mais facilmente olhando a folha contra um fundo claro, mais quatro a seis dias novos esporos começam a ser liberados. Como as pústulas da ferrugem são muito pequenas, torna-se muito difícil identificar a doença no início da infecção, sendo visível apenas com o uso de lentes com pelo menos 10 x de aumento. Segundo Lorenzoni, a orientação é para que os produtores, façam vistorias periódicas em suas lavouras, e se as condições climáticas estiverem favoráveis para a cultura da soja, com precipitações pluviométricas freqüentes, façam aplicação de fungicidas no inicio da floração da soja, mesmo sem a confirmação da doença, pois as aplicações preventivas possibilitam um maior tempo de proteção dos fungicidas. "Se ele entrar com fungicida quando a doença já estiver instalada na lavoura, o tempo de proteção será reduzido praticamente pela metade", diz.
fonte: JM - 24.01.09

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