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08h24

CANOLA PODE GANHAR MAIS ESPAÇO NAS PRÓXIMAS SAFRAS

Com praticamente 100% das lavouras colhidas na região noroeste do RS, a canola se firma como uma cultura que tende a ganhar maior espaço nos próximos anos. Até o final de semana, poucas lavouras ainda restavam ser colhidas na área de abrangência da COTRIJUI, onde foram semeados este ano 1,1 mil hectares, sendo 700 em Ijuí. O rendimento foi bastante
variado, de 16 a 27 sacas por hectare, numa média de 22 sacas/ha. A variabilidade da produção se deu em função da tecnologia de cultivo utilizada e também devido ao excesso de chuvas ocorridos no final do ciclo, cuja estimativa média inicial era de 25 sacas por hectare.

Mesmo assim, segundo o Chefe Agrotécnico da COTRIJUI, unidade de Ijui, Jaime Lorenzoni, o produtor que optou pelo grão teve um rendimento considerado bom. Cotada atualmente em cerca de R$ 43,00 a saca de 60 quilos, a canola permitiu um resultado líquido médio de pelo menos seis sacas por hectare, considerando que os custos à época da implantação foram de 14 a 16 sacas. "É um rendimento melhor que o do trigo", diz Lorenzoni, lembrando que o cereal mais tradicional na região está sendo colhido com qualidade boa porém com preços muito baixos.

Cultura importante para a rotação de culturas no inverno – e não para substituir o trigo – a canola tem obtido avanços no que se refere à tecnologia e pesquisa. Em Ijuí, por exemplo, empresas inovaram em equipamentos. Com bons resultados, foi testada uma adaptação na semeadeira para tirar palha da linha de plantio. Semente miúda, a canola precisa ser plantada de um a dois centímetros de profundidade, e o excesso de palha resultante do plantio direto prejudica a cultura na fase de plântula na ocorrência de geada, por exemplo. Conforme Lorenzoni, o equipamento, testado em uma área de 60 hectares, permitiu uma melhor densidade de plantas e uma maturação mais uniforme. Já uma plataforma adaptada permitiu a colheita da canola em início de maturação fisiológica, reduzindo as perdas por debulha, melhorando em quatro a seis sacas o rendimento final da cultura.

Para Lorenzoni, o fato de a Embrapa estar desenvolvendo tecnologias e testando a adaptação de novas cultivares, para o plantio no Brasil (hoje são cultivadas sementes híbridas importadas, especialmente do Canadá), também deve contribuir para o
crescimento da área de canola na região. A baixa produtividade na safra passada e a demora na liberação do zoneamento agroclimático para a canola neste ano levou à redução da área na região em quase 50% (foram 1,5 mil hectares semeados em Ijuí e dois mil na região na safra passada). Agora, conforme Lorenzoni, a expectativa é de crescimento da área de canola para as próximas safras, em função do avanço da pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para o plantio e a colheita da cultura.
Fonte: JM-11.11.08

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