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15h449º SEMINÁRIO DA PECUÁRIA LEITEIRA DA COTRIJUI: INVESTIMENTOS, MOTIVAÇÃO E REDUÇÃO DE CUSTOS
O leite está se consolidando como uma das principais atividades do setor primário no Sul do Brasil, e foi inserido neste cenário, que a COTRIJUI realizou no dia 04 de setembro de 2008 o 9º Seminário da Pecuária leiteira na Unidade de Augusto Pestana. Com uma programação direcionada aos interesses dos produtores, os presentes receberam informações estratégicas sobre a Indústria de lácteos da CCGL, sobre o Projeto de Irrigação à pasto para o aumento da produção leiteira, bem como informações de como produzir leite com baixo custo de produção. Completando a pauta, ouviram palestra para a motivação e cooperação na atividade leiteira.
Ao saudar os mais de setecentos participantes, o Diretor Presidente da COTRIJUI, Carlos Poletto afirmou que “passamos por momentos de ajustes, de transição”, tranqüilizando os cooperados dizendo que a CCGL – Cooperativa Gaúcha Central Ltda. está preparada para essa fase de crescimento industrial no setor lácteo.
Falando em seguida, o Presidente da CCGL, Caio Cezar Fernandes Viana lembrou ser esta a sua terceira participação em seminários do setor com a COTRIJUI. De lá para cá – acrescentou – o Brasil passou da condição de importador para exportador de leite.
Referindo-se à planta da indústria que a Central está construindo em Cruz Alta, disse: “Fechamos dois anos de obra. Temos certeza que as cooperativas – a COTRIJUI e as demais 39 filiadas à CCGL, terão uma melhor condição para enfrentar o mercado. O aumento da produção não mais significará queda de preços. Isso é fruto da Força da União” , enfatizou Caio.
Hoje se ouve falar de outros investimentos ligados à produção leiteira em nosso Estado. A CCGL sinalizou com bastante antecedência que isso se fazia necessário. “A indústria é de vocês. Se não pudéssemos pagar o que as outras indústrias oferecem, não teríamos partido para tão grande investimento. Temos certeza que o produtor não receberá menos do que outras pagam”, acrescentou Caio Viana. “Como Central Cooperativa – agora com 40 cooperativas filiadas – não precisamos levar dinheiro para casa, nem remunerar acionistas. Porque nossos acionistas são vocês, produtores de leite”.
Ainda referiu-se ao qualificado quadro de pesquisadores da própria CCGL, que aliado às dezenas de técnicos das cooperativas, vão dar apoio substancial às famílias cooperadas na busca da maior produtividade e da redução nos custos de produção. Hoje a CCGL representa 140.703 associados, destes 22.000 são ligados à atividade leiteira. São 150 técnicos a campo em mais de 350 municípios do RS.
DALLA ROSA: Quem trouxe o Plantio Direto na Palha?
Outro a palestrar foi o Vice-Presidente da COTRISA, Amando Dalla Rosa. Além de reforçar o que havia falado o presidente da CCGL, Dalla Rosa perguntou: “Quem trouxe o Plantio Direto na Palha, para melhorar as condições de produção nas lavouras? Com certeza não foram as empresas que acenam em pagar centavos a mais por saca ou por litro de leite. Pois assim vamos reduzir custos e potencializar a produção leiteira, nós mesmos, os que tanta tecnologia temos incorporado aos processos produtivos”.
Derivou sua fala sobre o entusiasmo de quem se envolve com a produção de alimentos. Mostrou números que indicam o potencial de nosso país em alimentar cidadãos do mundo. Também relacionou a produção leiteira aos cuidados com o meio ambiente, reflorestamento, preservação das vertentes e dos banhados.
A programação do seminário ainda contou com a palestra do Gerente Agrotécnico da COTRIJUI, Mário Jung, que apresentou o Projeto de Irrigação em desenvolvimento junto aos cooperados, buscando maior produtividade leiteira, qualidade na forragem e redução nos custos da produção. O Projeto já têm 80 propriedades liberadas para irrigação e mais 322 produtores inscritos.
Encerrou o encontro o Dr. Wagner Brod Beskow, pesquisador da CCGL, divisão Pesquisa - FUNDACEP. Resumiu sua fala nos objetivos do esforço conjunto da Central e Cooperativas associadas: - baixo custo por litro de leite produzido; - alta produtividade por hectare; - mínimo esforço das pessoas envolvidas; - máxima rentabilidade, em resumo: “a vaca mais rentável ao produtor, não é a ganhadora do concurso leiteiro, mas também não é aquela que produz 4 a 5 litros por dia. Temos que buscar eficiência operacional e equacionar custos de toda a atividade”, comentou o pesquisador.
O encontro foi realizado na Comunidade Evangélica Santo André, município de Augusto Pestana.
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