Notícias

11h11

RECORDE DE PÚBLICO NO SEMINÁRIO DE PECUÁRIA LEITEIRA DA COTRIJUI

Não que a presença de grande público, por si só, sirva para atingir os objetivos a que se propunha o Seminário de Pecuária Leiteira da COTRIJUI, neste ano do cinqüentenário de fundação da cooperativa, em sua oitava edição. Mas serviu, certamente, para dar um brilho todo especial à competência e seriedade com que os palestrantes trataram do assunto. Oitocentas pessoas, entre produtores e familiares, além de convidados, participaram do evento, realizado nesta quinta-feira (04.10.07), no Salão da Comunidade Evangélica de Augusto Pestana.

Na fala de abertura do Seminário, o Diretor Presidente da COTRIJUI, Carlos Poletto, afirmou que “estamos programados para fazer o que só as cooperativas sabem fazer”, referindo-se ao breve retorno da COTRIJUI e demais cooperativas participantes da CCGL no recebimento do leite e sua industrialização no complexo industrial que iniciará operações em meados de 2008.

Poletto testemunhou que “as coisas boas superam – e muito – as que se contrapõem aos interesses do cooperativismo”.
O Presidente fez a entrega de uma placa em que a administração e conselhos prestam homenagem à Unidade de Augusto Pestana – associados e funcionários – pelo cinqüentenário de fundação da COTRIJUI. A placa foi recebida pelo
Conselheiro de Administração de Augusto Pestana, associado Lauri Jandir Hass..

Dirigindo-se aos participantes do seminário, o Presidente da CCGL, Caio César Viana afirmou que a indústria não está sendo construída para comprar e vender leite e sim para que as cooperativas tenham mais perspectivas, e que estas sejam diferentes daqueles que fazem a mesma coisa só por mero interesse. Falou que o papel da indústria da CCGL é de estabilizar a atividade e que, a exemplo de algumas cooperativas do Chile, é propósito da Central remunerar os produtores fiéis com algo semelhante a um décimo terceiro salário a cada ano. Ou seja, o produtor leiteiro será premiado com o valor médio de sua entrega, com o valor equivalente a um mês.
Caio Viana reiterou o agradecimento à COTRIJUI, já manifesto em outras oportunidades, por ter sido responsável pela fundação da CCGL, e pronunciou uma frase que produziu efeito entre os presentes, ao afirmar: “A COTRIJUI é uma empresa que ninguém pára”.

WAGNER BESKOW: Um sistema de produção de leite simples,
com rentabilidade e sem paixões

O agrônomo Wagner Beskow fez jus ao tema proposto e enterrou alguns mitos. Disse que a chance de o leite dar prejuízo é de 0,3%, ou seja, poderá ocorrer por três anos a cada mil anos. Enquanto isso, na soja a probabilidade é de que a cada dez anos, dois sejam de perda da produção.
Com mestrado e doutorado na Nova Zelândia, um dos maiores centros produtores de leite do mundo, o doutor Wagner afirmou que os índices de retorno da atividade leiteira na região estão acima da média. Isso significa, no seu ponto de vista, que se o produtor reinvestir na atividade todo o lucro obtido, seu capital irá dobrar a cada dois anos.
Antes que alguém o questionasse, afirmou que o Sistema de Produção de Leite à Pasto utiliza muito bem a terra (solo), mas subutiliza a vaca.
Reafirmou que depois de comparativos, o Sistema de Produção de Leite que está sendo proposto pela CCGL é o de maior rendimento. Todo o material que foi cientificamente produzido pelo doutor Wagner e equipe de pesquisadores da Fundacep/CCGL, será repassado aos produtores das cooperativas associadas, por intermédio dos técnicos de cada uma delas.

ARTUR CHINELATO DE CAMARGO: Duvidar e visitar fazem parte da boa prática do produtor leiteiro

Conhecedor profundo das propostas – as vezes mirabolantes – que são feitas aos produtores de leite em todo o país e até fora dele, o agrônomo Artur Chinelato de Camargo propôs uma trilogia para quem quer ser sério e comprometido com o seu negócio.
Primeiro, duvidar. Diante de alguns projetos miraculosos, salvadores, questionar o proponente. Perguntar onde está sendo feito e ir ver de perto se deu resultado. Não engolir qualquer coisa nova.
Em segundo lugar, sair de casa, conhecer outras propriedades, viajar se necessário for. Usou a frase de Mark Twain, ao afirmar que “viagem cura a ignorância”. No seu entender, o produtor de leite que vai ao encontro de outras experiências, vê coisas diferentes, está curando o maior mal da humanidade, que é a falta de conhecimento.
Por último, afirmou que ninguém pode abrir mão de um bom técnico. Não há quem possa crescer sozinho.
Ao discorrer sobre os deveres do bom produtor leiteiro, comentou desde os exames de Brucelose/Tuberculose até chegar ao controle leiteiro. E que ninguém, em hipótese alguma, deve deixar de fazer o que foi combinado. Muitos projetos que exigiram empenho, experiências e altos custos, são jogados fora quando as partes não levam a sério as recomendações.
Os dois palestrantes receberam exemplares do livro escrito pelo professor Jayme Callai, “COTRIJUI 50 Anos de História”.

Compartilhe

RECORDE DE PÚBLICO NO SEMINÁRIO DE PECUÁRIA LEITEIRA DA COTRIJUI
COTRIJUI - Cooperativa Agropecuária & Industrial
Fone (55) 3332-0100 / (55) 3305-0100 - Fax (55) 3332-0110
Sede Ijuí - RS - Brasil