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07h49

PRONAF BENEFICIARÁ MAIS AGRICULTORES

Um maior número de produtores rurais paranaenses que trabalham com agricultura familiar vão poder captar recursos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ontem, a presidente Dilma Rousseff e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, anunciaram a liberação de R$ 21 bilhões para financiar a próxima safra, valor 16,6% maior do que os R$ 18 bilhões destinados ao setor no ano passado. Esta é a décima safra de atuação do Pronaf, que começou com recursos que giravam em R$ 5,4 bilhões. O montante está inserido no Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014, que ao todo injetará R$ 39 bilhões no setor, alta de 77% frente aos R$ 22 bilhões da safra anterior.

Entre as novidades que podem fomentar os pequenos produtores, está a ampliação do limite para enquadramento no Pronaf, permitindo que mais agricultores busquem o financiamento. A partir de agora, famílias que tiveram renda até R$ 360 mil no último ano poderão contratar o crédito. Na safra passada, o valor era de R$ 160 mil. Para 2013/2014, o plano ainda aumenta o limite de financiamento de custeio de R$ 80 mil para R$ 100 mil. A taxa de juros paga pelos agricultores, cujo teto era 4% ao ano, agora será até 3,5%. "A maior disponibilização de recursos e o aumento nos valores de enquadramento são importantes, pois mais produtores vão poder se encaixar nos requisitos que o Pronaf exige", explicou a economista da Federação dos Agricultores do Estado do Paraná (Faep), Tânia Moreira.

Além do valor no aumento do custeio, o limite da linha de investimento também sofreu incremento. A partir de julho, os produtores poderão contratar até R$ 150 mil por operação, com taxas de juros entre 0,5% e 2% ao ano. Na safra anterior, o limite era de R$ 130 mil e taxas que variavam entre 1% e 2%. "Outra novidade interessante foi a liberação de um limite de R$ 300 mil para os setores de suínos, aves e frutas, que em alguns casos precisam de valores maiores para o investimento", comentou a economista da entidade.

Em relação ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), houve uma ampliação do limite de aquisição anual por famílias, de R$ 4,5 mil para R$ 5,5 mil, incremento de 22%. Já aquelas ligadas às cooperativas, o limite saltou 35%, de R$ 4,8 mil para R$ 6,5 mil. Quando os projetos de venda forem formados por, pelo menos, 50% dos cooperados com baixa renda e quando os produtos forem exclusivamente orgânicos, agroecológicos ou da sociobiodiversidade, o limite por família passa a ser R$ 8 mil.

Além de todas as linhas de crédito, o plano destina ainda R$ 400 milhões ao Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), mecanismo de prevenção disponibilizado aos produtores rurais que contratam financiamento de custeio e investimento do Pronaf e permite a cobertura da parcela do financiamento. Na safra passada, o valor fechou em R$ 460 milhões, ou seja, retração de 13%.

Além da Faep, a FOLHA entrou em contato com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), mas de acordo com a assessoria de imprensa, ninguém comentaria o assunto até que uma avaliação mais apurada do plano fosse realizada. Já na Emater, ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. (Com Agência Brasil)

Fonte: Folha Web

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