A semana começa negativa para o mercado internacional de grãos.
Nesta segunda-feira (22), os futuros da soja, do milho e do trigo operam em queda na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h (horário de Brasília), a soja perdia entre 5,25 e 8,50 pontos nos principais vencimentos, com o contrato maio/13 cotado a US$ 14,23/bushel. Na sessão desta segunda, o mercado dá continuidade ao movimento de realização de lucros da última sexta-feira (19) após uma semana de consecutivas altas.
No mercado da soja, porém, os fundamentos de oferta e demanda que têm estimulado as altas, principalmente dos contratos mais próximos, seguem positivos. A procura pela oleaginosa norte-americana é muito grande, o que tem dado suporte também aos preços no mercado físico.
VEJA COMO FECHOU O MERCADO NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA (19):
Soja fecha semana realizando lucros; milho encerra em alta.
Na última sessão desta semana, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram do lado negativo. A sexta-feira (19) foi marcada por intensa volatilidade e movimentos de realização de lucros. O recuo, segundo analistas, foi um movimento natural do mercado após três sessões consecutivas de alta.
Os vencimentos mais distantes, referentes à nova safra dos Estados Unidos, fecharam com uma queda mais expressiva, de baixas de mais de 10 pontos. Já no curto prazo, os contratos maio e julho/13 terminaram o dia com perdas menos expressivas.
"O mercado caminhou bastante essa semana e uma realização de lucros no final de semana é sempre bem vinda. Porém, esse movimento é freado pela oferta muito apertada dos Estados Unidos", disse Nicole Brum, analista da Agrinvest.
O mercado ainda opera com a atuação de duas frentes, sendo uma de pressão positiva para os vencimentos mais curtos, com os apertados estoques norte-americanos de soja e uma demanda muito agressiva; e uma negativa, que já começa a contabilizar as boas expectativas para a nova safra dos EUA e pesa sobre as posições de mais longo prazo.
Já no mercado do milho, as cotações terminaram o dia em campo positivo. Ainda de acordo com analistas, o principal foco dos investidores desse mercado é o clima nos Estados Unidos e as condições adversas em que se inicia o plantio nesse ano. As temperaturas são baixas, há muita chuva e previsões de neve para os próximos dias.
Esse atraso, caso se agrave e não possa ser revertido, poderá estimular uma migração dos produtores para a cultura da soja, reduzindo a área plantada com o cereal.
Fonte: Universo Agro – por Carla Mendes.