Os contratos futuros da soja fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva na Bolsa de Chicago, atingindo o melhor patamar das últimas três semanas em meio à crescente demanda pelos estoques ainda remanescentes em solo norte-americano.
Os ganhos, porém, ficaram longe dos melhores momentos do dia, influenciados negativamente, a partir do meio da sessão, pelas perdas no milho e no trigo.
Fechamentos: maio a U$ 14,3050, alta de 8,25 cents/bu e novembro, a U$ 2,2350, g anhos de 5,5 cents/bu.
A demanda segue firme tanto pelas indústrias processadoras quanto pelos importadores. O ritmo das exportações segue forte, num estágio do ano em que as compras deveriam se deslocar integralmente para a América do sul. Os preços tendem a subir a determinado patamar que limite o consumo - avaliam analistas. A elevação dos preços dos vencimentos mais curtos também está ligada aos persistentes problemas logísticos no Brasil e na Argentina, que têm limitado o volume de embarques para o exterior.
Por outro lado, os preços relativos à safra nova seguem relativamente pressionados ante as perspectivas de safra recorde. O clima no Meio Oeste, entretanto, segue causando preocupações em razão do prolongamento do inverno e do atraso nos trabalhos de campo.
Exportações - As exportações norte-americanas de soja totalizaram, na última semana, 339 mil tons, sendo que 227 mil tons são para embarques ainda nesta temporada. Na estação, as vendas somam 36,6 milhões de tons, ante 32,5 milhões de tons de igual período do ano-safra passado. Os embarques chegam a 33,7 milhões de tons.
O USDA prevê vendas e embarques de 36,7 milhões de tons neste ciclo. Argentina - A produção de soja da Argentina deve ficar em 51,3 milhões de tons, de acordo com levantamento do Ministério da Agricultura do país. Isto representa aumento de 28% sobre a safra do ano anterior, devastada por irregularidades climáticas.
Mercado interno - Dia de melhor movimentação. A formação do preço interno foi impulsionada pela alta verificada na bolsa norte-americana e pela forte reação da taxa cambial, que chegou a subir no meio da tarde em mais de 1%. Em contrapartida, os prêmios portuários perderam força e limitaram os ganhos.
Negócios em Paranaguá entre R$ 60,20 e R$ 60,80 para pagamento em maio e entre R$ 61,00 e R$ 61,50 para junho. No oeste do estado, negócios entre R$ 54,50 e R$ 56,00 por saca, dependendo do local de embarque e do prazo de pagamento.
Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes