Agricultor afirma que nunca presenciou o fenômeno, em 40 anos de atividade.
Manchas não identificadas por agrônomos estão chamando a atenção em uma plantação de soja, em Ibirubá, na região Central do Rio Grande do Sul. Quarenta por cento da produção já está comprometida e ninguém sabe informar as causas do problema.
A propriedade é do agricultor Adilson Dalmolin, um médio produtor rural que cultiva soja e milho em cem hectares. Em mais de 40 anos de atividade, ele nunca presenciou uma colheita com tantos prejuízos e incógnitas. Há mais de dois meses, manchas esverdeadas surgiram em sua lavoura.
Os produtos utilizados por Dalmolin são convencionalmente usados, como fungicidas, fertilizantes e herbicidas, todos recomendados por agrônomos. Segundo ele, as manchas teriam surgido trinta dias depois da pulverização da lavoura.
– Os produtos que Adilson utilizou nessa área têm recomendação para soja, tanto fungicida, quanto inseticida – diz o engenheiro agrônomo Guilherme Bones.
Além das manchas, as plantas começaram a abortar a flor e a vagem. A soja está em fase de colheita, mas 40 hectares foram afetados. São dois mil sacos de soja a menos que o agricultor deixará de colher, o equivalente a R$ 110 mil.
– Inusitado. Eu nunca tinha visto coisa assim nos meus 40 anos de profissão, fica muito difícil. O caso é digno de estudo – aponta o chefe do departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura do Estado, José Motta.
Em nota, a coordenação de Defesa Vegetal da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul informou que está estudando a origem das manchas e que nos próximos dias deve ir até a propriedade. O texto diz ainda que a entidade pretende pedir auxílio nas investigações para as comunidades científica e acadêmica do Estado para solucionar o caso.
Fonte: Canal Rural