OCB assinou hoje acordo com o MDA e a APEX-Brasil para fortalecer a base produtiva e conquistar novos mercados.
Boas notícias para as cooperativas de leite de todo o Brasil. Foi assinado hoje (21/2), em Brasília, um acordo entre a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). As três instituições agora são parceiras na execução de um projeto ambicioso, que visa a ampliar a exportação de lácteos em cerca de 30% nos próximos dois anos: o Projeto Setorial de Promoção de Exportações de Produtos Lácteos (PS-Lácteos).
“O Brasil pode muito mais do que tem feito no setor do leite”, destacou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, durante a cerimônia de assinatura do convênio. “Acredito que podemos ser uma plataforma exportadora não só dos produtos lácteos, mas também da nossa inteligência na área de produção e regulação”.
Na opinião do nosso presidente, as cooperativas têm um papel fundamental nesse cenário. Atualmente, mais de 40% da produção brasileira de lácteos passa – de alguma maneira – por uma cooperativa. Além disso, dentre as doze maiores captadoras de leite do país, quatro pertencem ao setor. “Vamos mobilizar as cooperativas de lácteos a aderirem ao projeto e, juntos, vamos transformar o Brasil em uma potência também neste setor – a exemplo do que já ocorre com a soja e o frango”.
O diretor de negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, concorda com Lopes de Freitas sobre o potencial de exportação do setor lácteo brasileiro. “Necessitamos de ações estruturantes para fortalecer o setor e, principalmente, da parceria com as empresas produtoras de leite e derivados”, avaliou Bellini. Vale destacar: o PS-Lácteos já conta com 11 empresas participantes (veja quadro). Destas, oito são cooperativas.
PARCERIA COM O GOVERNO
Durante a cerimônia de assinatura do convênio, o ministro do desenvolvimento agrário, Pepe Vargas, parabenizou a OCB e a Apex-Brasil pela iniciativa: “Com esse projeto, vamos recuperar um espaço que era nosso no mercado internacional”, afirmou o ministro. “Até 2008, nós éramos exportadores de lácteos, mas a crise internacional nos transformou em importadores do produto, apesar de a nossa produção ter crescido muito. Agora, chegou a hora de voltarmos a exportar o leite e seus derivados”.
O ministro destacou, ainda, o importante papel das cooperativas para o fortalecimento do agronegócio brasileiro. “A maioria dos casos de sucesso da agricultura familiar está vinculada a esse modelo de negócios”, afirmou. “O Ministério do Desenvolvimento Agrário reconhece a força do movimento cooperativista e está alinhado com os pleitos da OCB para o setor”.
ENTENDA O PS-LÁCTEOS
Aberto a cooperativas de laticínios e empresas individuais de todos os portes, o PS-Lácteos prevê ações de fortalecimento da imagem e a melhoria da qualidade da produção do setor. Estão previstas missões de prospecção de novos mercados, em eventos e feiras internacionais. Também pretende-se trazer importadores, jornalistas e formadores de opinião estrangeiros para conhecer as empresas do setor e estabelecer negócios. Foram definidos como mercados prioritários das ações: Angola, Arábia Saudita, Argélia, China, Egito, Emirados Árabes, Iraque e Venezuela.
A Cooperativa Central Gaúcha LTDA (CCGL) já adeririu ao Ps-Lácteos.
Fonte: OCB