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07h34

SOJA FECHA EM QUEDA EM CHICAGO

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta quinta-feira (14) do lado negativo da tabela. Ao longo dos negócios, a oleaginosa chegou a ampliar as perdas recuando quase 12 pontos, mas encerrou o pregão com baixas entre 5,00 e 6,25 pontos.

Segundo o consultor de mercado da Consultoria Agroeconomica, Carlos Cogo, as fracas exportações semanais dos EUA reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje, pressionaram negativamente as cotações em Chicago.

De acordo com o órgão, as exportações totalizaram 109.200 mil toneladas na semana que terminou no dia 07 de fevereiro. Na semana anterior, o volume havia sido de 896.2 mil toneladas. “O número ficou abaixo da expectativa do mercado, mas é normal que isso ocorra haja vista que os compradores chineses estão fora do mercado em função do feriado de Ano Novo no país. Além disso, o mercado deve manter um prêmio de risco climático nas cotações futuras até o final de fevereiro à espera de confirmação de safra boa na América do Sul”, explica Cogo.

Apesar do retorno das chuvas no Sul do Brasil e na Argentina, há perdas pontuais na qualidade das lavouras da soja em várias regiões produtoras. No entanto, o consultor destaca que não existem dúvidas no mercado internacional de grãos de que safra brasileira será recorde. Já a situação da safra argentina permanece como incerta como incerta, uma vez que a previsão climática ainda indica tempo mais seco, segundo relata o consultor.

No médio prazo, caso essa projeção de safra cheia no Brasil se concretize esse quadro pode pressionar para baixo os preços pagos aos agricultores no interior do país. Essa situação é decorrente da ineficiente logística brasileira, que pode atrasar o embarque dos Portos, do aumento nos valores do frete, que podem reduzir margem de lucros dos produtores rurais, conforme relata Cogo. “Durante o final de janeiro, muitos tradings chineses vieram ao mercado para se proteger dos problemas logísticos no Brasil e já se relatava problemas de espera nos portos. Fizeram algo excepcional compraram antecipadamente na América do Sul, prevendo a escassez nos EUA e os problemas logísticos brasileiros e possíveis quebras na Argentina”, diz o consultor.

Por outro lado, no mês de março o mercado internacional de grãos deverá sofrer o impacto da entrada efetiva da safra brasileira no mercado. “Passado isso, o mercado vai começar a prestar atenção no plantio da safra norte-americana. Hoje, a estimativa é que haja um incremento de 3% na área plantada da soja 2013/14. Claro que vai depender do clima, a situação no país ainda é de seca, onde já se perdeu boa parte da safra de trigo e no cinturão produtor de soja e milho a situação ainda é problemática”, acredita Cogo.
Fonte: Notícias Agrícolas

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