Luiz Fernando Mainardi, secretário da Agricultura, observa que o governo estadual quer tornar o RS autossuficiente na produção do grão.
Depois de um ano em que a seca devastou a produção de grãos no Rio Grande do Sul, foi aberta oficialmente a colheita de milho no distrito de Alto da União, em Ijuí, no noroeste do Estado, na manhã desta quarta-feira. Com otimismo, produtores e autoridades apostam no rendimento da produtividade para este ano.
Joceli Noronha, produtor de milho ha mais de 30 anos, foi o anfitrião da solenidade, que contou com a presença do governador Tarso Genro, do secretário da agricultura Luiz Fernando Mainardi e do presidente da Associação dos Produtores de Milho do RS (Apromilho) Cláudio Luiz de Jesus.
De acordo com o presidente da Apromilho, o Rio Grande do Sul tem uma área em torno de 950 mil hectares plantados nesta safra.
— Tivemos alguns problemas iniciais, como o granizo e a geada fora de época, mas acreditamos que o Estado deva colher em torno de 4,8 milhões de toneladas. O milho que está sendo colhido tem a qualidade um pouco acima da expectativa. Acreditamos que poderemos chegar a colher 5 milhões de toneladas — disse.
PRODUÇÃO AUTOSUFICIENTE
Luiz Fernando Mainardi, secretário da Agricultura, observou que o governo estadual quer tornar o RS autosuficiente na produção de milho.
— Com exceção do último ano, nosso Estado ainda não é autosuficiente na produção de milho para atender o conjunto das demandas das cadeias produtivas, como aves, suínos leite entre outros — afirmou.
Segundo o secretário, o Estado consome 5,6 milhões de toneladas do grão.
— A crise nos Estados Unidos (EUA) levou os estoques nundiais de milho a caírem. O Brasil está exportanto muito mais do que em outras épocas. Isso se torna um problema, porque para suprir nossas demandas, temos que trazer milho do centro-oeste — disse.
Para sanar essa dificuldade, o governo estadual tem realizado uma série de reuniões com o ministério da Agricultura.
— Queremos fechar um pacote que preserve o direito de o produtor vender o milho para quem ele quiser, mas para isso, temos que criar as condições de desenvolvimento das agroindústrias e empresas que transformam o milho para que elas possam comprar o produto — concluiu o secretário.
Mainardi afirma que uma das alternativas é criar uma linha de crédito especial com juros baixos.
FONTE: Zero Hora – Foto – Fernando Goettems