Notícias

16h47

PRODUÇÃO LEITEIRA CRESCE NA REGIÃO

A produção de leite na região, em 2006, está crescendo a uma taxa de 10 a 12 %, comparado ao primeiro quadrimestre de 2005. Isso se deve a necessidade de diversificação de atividades e de obter renda, em função das condições climáticas que prejudicaram a produção de grãos e ao baixo preço das commodities nos últimos meses.
A pecuária de leite, apesar das dificuldades de produção, mão-de-obra e de preços, ainda é uma das atividades com renda diária, que está sustentando muitas propriedades rurais.
Neste outono como praticamente não ocorreram chuvas em abril e maio, atrasou a implantação das forrageiras de inverno, como aveia, centeio, ervilhaca, trevos e também atrasou a germinação do azevém que naturalmente vem por ressemeadura, através das sementes, que ficam no solo de um ano para outro.
Este fato fica bem evidente quando comparado ao outono de 2005, quando nesta época as pastagens já estavam sendo utilizadas pelos bovinos, pois as chuvas foram mais favoráveis no período. Com as últimas chuvas de quinta e sexta-feira passada, a condição para a germinação e o desenvolvimento das pastagens voltou a sua normalidade, desde que em 7 a 8 dias tenhamos novas chuvas.
O que deverá acontecer é um atraso na oferta de pastagens e conseqüentemente, uma maior concentração e aumento na produção de leite, a partir de junho e julho.
Os produtores que dedicam maior área para produzir silagem e feno para a utilização em momentos desfavoráveis, como este, não tiveram tantas dificuldades de oferta de comida para seus rebanhos. Esta é uma recomendação que a assistência técnica da Cotrijuí trabalha com força, pois é necessário prever a falta de alimentos e guardá-los na forma de silagem e feno, pois todos os anos, em algum momento, o clima pode ser desfavorável. Quem trabalha com leite, deve estar preparado, pois a necessidade de oferta regular e de qualidade de comida, é a mesma durante todo o ano.
Se as chuvas de 20 a 30 mm que aconteceram na semana passada favorecem as pastagens e a semeadura do trigo, por outro lado nada fazem quanto as baixas reservas de águas em sangas, rios e açudes. O reflexo do baixo nível das águas é a falta que poderá ocorrer para abastecer residências e os rebanhos, dependendo da intensidade das chuvas e da localidade do município. Para aqueles produtores que tem irrigação de hortigranjeiros e mesmo para a irrigação das culturas de verão, como o milho, a água precisa ser acumulada durante o inverno, pois geralmente é o período que mais chove.
Quanto a perspectiva em relação ao aumento da produção na região, ela é muito positiva para os próximos anos, pois a pecuária de leite, tendo um cenário positivo de preços e mercado, é uma das melhores opções em escala e abrangência quanto ao número de produtores inseridos no processo produtivo.
O Brasil já está no mercado exportador de leite, porém para isso precisa regularidade e qualidade da matéria-prima, lógico que aliado a uma política cambial favorável. Portanto aqueles produtores que conseguirem competir em escala e custos de produção terão boas oportunidades na produção de leite e até porque, as novas indústrias se instalando na região e outras aumentando sua capacidade industrial, sinalizam o potencial e vocação da região para o leite. Acreditamos que nos próximos dois anos, investimentos em sistemas de produção, fomento, instalações, rebanho e assistência técnica serão feitos.
Cabe destacar que a nível de Rio Grande do Sul com o aumento da capacidade industrial e com as novas indústrias, dentre elas, a CCGL, alicerçada pelas Cooperativas, a produção de leite do Estado deverá dobrar em poucos anos para atender a necessidade industrial. Considerando preços e mercado favorável, o RS tem produtores e vocação para a atividade, podendo atender as novas demandas.
Quando comparamos a produção de leite com a produção de grãos (soja, milho e trigo), o leite ganha disparado em faturamento por hectare, margem líquida e menor risco ao empreendimento dos produtores. Porém assim como em qualquer atividade, o leite também requer um rígido controle e gestão de custos, do manejo e de todo o sistema de produção, tendo normas de qualidade e padrões a serem seguidos, para aqueles que quiserem crescer e se profissionalizar na atividade.

Compartilhe

PRODUÇÃO LEITEIRA CRESCE NA REGIÃO
COTRIJUI - Cooperativa Agropecuária & Industrial
Fone (55) 3332-0100 / (55) 3305-0100 - Fax (55) 3332-0110
Sede Ijuí - RS - Brasil