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15h35

BOA SAFRA E ALTOS PREÇOS PROMETEM MAIS RENDA AOS PRODUTORES AGRÍCOLAS

Depois de registrar perdas históricas devido à seca em 2012, a agricultura gaúcha espera um 2013 de recuperação e ganhos para o produtor. Representantes das cadeias produtivas e analistas agropecuários acreditam que o próximo ano será muito melhor para os produtores do estado devido à previsão de clima favorável para as culturas de verão e a tendência de preços altos dos grãos.

Em 2012, devido a seca, a produção de grão no Rio Grande do Sul ficou em 19,62 milhões de toneladas, representando uma queda de 10 milhões de tonelada na comparação com a colheita do ano anterior. Para 2013, com a expectativa de normalidade no clima, a Federação de Agricultura do Estado (Farsul) projeta uma colheita entre 26,9 milhões e 29 milhões de toneladas de grãos, uma expansão de 37% no cenário moderado e 48% na estimativa otimista.

Além disso, a área plantada com grãos no Estado na safra 2013 deve chegar a 7,891 milhões de hectares, superando em 2,37% o registrado no período anterior, segundo dados do IBGE. Um dos motivos é o elevado preço das commodities agrícolas, impulsionado pelos estoques reduzidos. “O aumento do consumo mundial de alimentos é incontestável, o que se reflete em mais área plantada. No ano que vem teremos um cenário de desenvolvimento no Rio Grande do Sul”, projetou Carlos Sperotto, presidente da Farsul.

As expectativas otimistas em relação a agricultura devem se refletir em toda a economia estadual. Segundo estimativa da federação, o PIB gaúcho deve ter queda de 2,02% neste ano e crescimento de 6,37% no ano que vem. Tanto a queda quanto a alta projetadas para os períodos se devem principalmente ao desempenho do setor agropecuário conforme o secretario estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. “O PIB do agronegócio gira em torno de 11% do total estadual. Mas, somando o resultado das cadeias produtivas, das industriais que dependem dessas matérias-primas, temos 45% do PIB gaúcho dependente da agricultura. Então, deveremos viver um momento muito positivo no Rio Grande do Sul em 2013.”

Para os analistas, os valores das commodities deverão garantir a rentabilidade dos produtores no próximo ano. Os estoques mundiais, devido às perdas da safra norte-americana, estão baixos, e a demanda por grãos continua elevada. No caso da soja, os preços vêm se mantendo acima dos U$$ 14,00/ bushel, e a tendência deve se manter altista nos próximos meses. “Poderá haver uma retomada para o recorde de U$$ 17, 94,” aponta o analista de mercado Farias Toigo.

O milho, que registrou recorde nas exportações brasileiras -17 milhões de toneladas de janeiro a novembro – também devera sofrer pressão de alta nos preços, pelo menos até o segundo semestre. A partir de então, conforme Toigo, caso seja confirmado o aumento do plantio nos Estados Unidos, os preços serão empurrados para baixo. “Os produtores tem que aproveitar esse primeiro momento, que é bom, para fazer vendas futuras”.

Já o arroz, a expectativa é de estabilidade produtiva no Estado. Confirme o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), a produção desta safra deve igualar a última, atingindo em torno de 7,5 milhões de toneladas. Conforme Renato Rocha, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), os preços devem atingir patamares superiores aos de 2012. “Temos a mesma projeção de safra, mas os estoques de passagem estão bastante reduzidos, as exportações vão muito bem, e não há projeção de aumento de importações”, elencou.


Fonte: Jornal do Comércio

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