Notícias

15h48

PRAGAS PRECISAM DE CONTROLE NAS LAVOURAS DE SOJA

Existe um ditado muito comum que diz: prevenir é melhor que remediar. Quando se trata das lavouras de soja, este conhecimento popular é de grande valia, já que os cuidados com as pragas devem acontecer de forma preventiva, para evitar prejuízos na produtividade.

As lavouras de soja, assim como as demais culturas, podem ser atacadas por diversas pragas, desde a semeadura até a fase final de enchimento de grãos. E, ao que tudo indica, o clima de verão estará propício ao aparecimento de insetos nas áreas cultivadas com soja, principalmente quando comparado com os últimos dois anos. Estudiosos estão relacionando a safra 2012/13 com a 2006/07, e alertam para um possível surto de lagartas, já na fase inicial da soja.

Segundo Mauro Tadeu Braga da Silva, engenheiro agrônomo e pesquisador, as pragas sempre estarão presentes nas lavouras, mas nesta safra os cuidados terão de ser redobrados. “As pragas causam enormes prejuízos na produtividade, e a expectativa é que apareçam elevados números de lagartas, percevejos e cascudinhos devido ao clima, ideal ao seu desenvolvimento.”

Em relação aos ácaros e tripes, Mauro Tadeu explica que eles surgem com maior frequência em anos com seca. No entanto, continuam presentes nas lavouras e merecem atenção dos produtores, pois acarretam grandes perdas.

“Quando falamos em pragas, de uma forma geral, a tendência é que, à medida que os anos passarem e a soja ficar mais produtiva, os cuidados deverão aumentar, isso porque pequenas pragas podem causar grandes prejuízos”, explica o pesquisador.

CASCUDINHO
Esta praga pode ser de diversas espécies e apresentar cores variadas, desde marrom até verde. Habitualmente, os adultos são encontrados embaixo das folhas da soja ou sob restos da palhada da cultura anterior. A infestação pode ocorrer desde a emergência da cultura da soja e, por isso, o tratamento também deve ser preventivo.





LAGARTAS
Dentre os insetos que atacam a soja, as lagartas são os mais comuns. E, ao que tudo indica, neste ano haverá surtos de lagartas. Entre as espécies mais comuns estão à lagarta-da-soja e a falsa medidora. No entanto, as lavouras podem ser atacadas por seis diferentes espécies desta praga.
A ocorrência de lagartas é maior entre novembro e março, com pico populacional entre janeiro e fevereiro. Elas se alimentam das folhas, portanto, os materiais modernos requerem cuidados redobrados, já que a quantidade de folhas é reduzida. Pois uma alta população de lagartas causa elevados prejuízos.



ÁCARO
Durante muitos anos os produtores vão conviver com o ácaro nas lavouras de soja, é o que diz Mauro Tadeu. “As práticas culturais usadas hoje, que consistem eliminar plantas daninhas, hospedeiras dos ácaros, acabam por fazer com que estas pragas se alojem na soja, gerando diminuição da produtividade.”
Os dois tipos mais comuns de ácaros são o rajado e o vermelho, eles sugam a seiva das folhas e pecíolos de plantas novas. O ataque inicia pelas bordas, em reboleiras, e rapidamente se alastra pela lavoura. Mauro Tadeu esclarece que estas pragas normalmente aparecem quando as temperaturas estão elevadas e a umidade relativa do ar permanece baixa.
“A infestação por ácaro acontece rápido e a chave para o melhor controle, assim como de todas as pragas da cultura da soja, é a prevenção. Para isso, basta um acaricida especifico”, alerta Mauro Tadeu.

PERCEVEJO
São insetos que sugam a seiva dos ramos e das vagens das plantas. Durante este processo, injetam toxinas que causam distúrbios fisiológicos, chamados retenção foliar ou soja louca. Ainda pode ocorrer das vagens ficarem chochas, afetando a colheita, ou acarretar o seu aborto e reduz o poder germinativo da semente.
O aparecimento dos percevejos normalmente inicia na metade do período vegetativo da cultura. E as espécies principais que atacam as lavouras de soja são: o verde, o pequeno, o barriga-verde e o marrom.



TRIPES
Os tripes nunca foram preocupação para os produtores. Porém, na safra 2011/12, eles apareceram em grande quantidade devido a seca prolongada. São insetos pequenos, a maioria das espécies mede cerca de um milímetro de comprimento, e tem dois pares de asas franjados. Vivem nos folíolos ou nas folhas e sua alimentação provoca necrose nestas áreas.
Quando estão em populações elevadas, causam queda prematura e folíolos e das folhas mais velhas e, como consequência, há perdas acentuadas na produção. No caso de um ataque no período de floração, pode haver o abortamento de flores.
Outra grande preocupação é a possibilidade dos tripés serem virulíferos. “A principal consequência da infecção é que o broto se curva, necrosa e quebra com facilidade. Além disso, há escurecimento da medula da haste principal”, explica Mauro Tadeu.

RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DE INSETICIDAS

- Acompanhar o desenvolvimento da lavoura e a evolução das infestações de pragas;
- Ajustar adequadamente as regulagens do pulverizador;
- Usar as dosagens recomendadas;
- Pulverizar a lavoura nas primeiras horas o dia;
- Utilizar equipamentos de proteção individual.

Fonte: Revista Atualidades COTRIPAL

Compartilhe

PRAGAS PRECISAM DE CONTROLE NAS LAVOURAS DE SOJA
COTRIJUI - Cooperativa Agropecuária & Industrial
Fone (55) 3332-0100 / (55) 3305-0100 - Fax (55) 3332-0110
Sede Ijuí - RS - Brasil