Segundo os arrozeiros, anúncio com muita antecedência derrubou cotações.
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) encaminhou documento ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro (PMDB-RS), no qual pede a suspensão do leilão de venda de 100 mil toneladas de arroz, previsto para o próximo dia 3 de janeiro. Além da Federarroz, assinam o documento a Federação da Agricultura e Pecuária do RS (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag).
Segundo os arrozeiros, o anúncio do leilão com muita antecedência derrubou as cotações, trouxe tendência baixista aos preços e pode afetar os preços no início da colheita, em fevereiro, levando os negócios para preço inferior ao mínimo de garantia do governo, de R$ 25,80 a saca de 50 quilos. A entidade afirma que, nesse caso, o governo precisaria destinar recursos para a retomada dos preços.
Por meio de nota, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, afirma que os leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são responsáveis diretos pela queda nos preços.
"Isso é claro na medida em que há baixa procura nos leilões da Conab e o indicador de preço Esalq-Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) aponta queda contínua nas cotações do arroz em casca há mais de 80 dias, acumulando 1,4% de queda em outubro, 3,2% em novembro e 4,77% até 18 de dezembro", alerta.
A entidade informa que deve procurar o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, para que ele se posicione sobre a situação. O motivo seria o impacto do recuo dos preços na economia da metade sul do Estado.
Fonte: Estadão