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07h23

QUEDA NOS PREÇOS DO ARROZ EM DEZEMBRO JÁ EQUIVALE A TODO O MÊS DE NOVEMBRO

Arroz acelera desvalorização no final do ano. Normalização da safra e fluxo de importação afetam mercado interno.

Depois de acumular 3,2% de queda nos preços ao produtor ao longo de todo o mês de novembro, o arroz em casca já perdeu mais 3,1% de preços em apenas 11 dias de dezembro, segundo a média do indicador de preços do arroz em casca ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias - BM&FBovespa, para o cereal (50kg – 58x10) colocado na indústria e com pagamento a vista. Nesta terça-feira (11/12), a cotação referencial do indicador ficou em R$ 36,28, registrando uma desvalorização de R$ 1,28 em apenas 13 dias. Em dólar, pela cotação desta terça-feira, a saca foi cotada a US$ 17,44, o mais baixo preço das últimas semanas.

A trajetória baixista do mercado tem algumas razões bem claras. Em primeiro lugar a expectativa de uma safra pouco maior do que a registrada no ciclo passado, segundo Conab e IBGE. Em segundo plano, mas não menos importante, aparece a evolução das importações. Em novembro o Brasil exportou 103 mil toneladas de arroz, em base casca, e importou cerca de 125 mil toneladas, com déficit de aproximadamente 20 mil toneladas. Ainda assim, no acumulado do ano a balança comercial do arroz é amplamente favorável ao Brasil. A continuidade dos leilões de estoques públicos, inclusive com grão de baixa qualidade a preços muito baixos, segue sendo um fator baixista e a posição governamental de mantê-los a todo o custo – apesar do reflexo no mercado e do comprometimento do esforço realizado para recuperar os preços do arroz no mercado interno – mantém essa característica baixista. Por fim, o mercado doméstico mais retraído no verão, em função das férias escolares e profissionais, afeta a demanda pelo varejo, que também usa este argumento para pressionar por baixas nos preços praticados pela indústria.

O retorno, esta semana, de chuvas abundantes ao Rio Grande do Sul tende a melhorar o desempenho da lavoura, e a recomposição das barragens que foram usadas para banhar as áreas semeadas, forçando a emergência das plantas. O setor arrozeiro ainda aguarda melhores orientações sobre como proceder o reparcelamento das dívidas. Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão semeando as últimas lavouras. Isso indica que, se o clima não entrar em ciclo de anormalidade severa, a produção e a produtividade serão boas.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica desvalorização de 18 centavos na saca de arroz nos últimos 13 dias, e o preço referencial de 50 quilos em casca (58x10) no mercado gaúcho agora é R$ 37,20. A saca de 60 quilos de arroz branco manteve-se estável no período, cotada em R$ 75,00 sem ICMS/FOB e chega a São Paulo entre R$ 90,00 e R$ 97,00 com os tributos. Os quebrados de arroz registram estabilidade para o canjicão: R$ 39,00/60kg, para a quirera, em R$ 38,00, 60kg (ambos FOB/RS) e o farelo de arroz, cuja tonelada FOB/Arroio do Meio (RS) vale R$ 380,00.

Fonte: Planeta Arroz

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