Diferente da silagem de sorgo, a silagem de milho tem um potencial energético muito maior, fornecendo maior energia e potencializando a produção de leite de cada animal.
Numa participação especial, o Eng. Agrônomo Diogo Dal Castel, Engº Agrº da Syngenta, falou ao Informativo COTRIJUI do último domingo (09) sobre o Armazenamento da Silagem de Milho. Dentre os tópicos tratados, estão: a importância da escolha do milho, local apropriado de armazenagem, além do Projeto de Silagem Syngenta. Confira abaixo as orientações do Coordenador do Projeto Caminhos do Conhecimento da parceira Syngenta:
Devemos estar atentos também na adubação. Diferentemente do milho para indústria (grão), ela deve ser mais criteriosa em relação ao milho para silagem, pois estamos exportando toda a planta da lavoura, onde há uma grande quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio na palhada. Em apenas um ano, o teor de potássio no solo pode reduzir 300%.
A escolha de um híbrido é fundamental, e não deve ser baseada em ensaios específicos para grão. Antigamente a escolha era de acordo com o volume de massa, e, desde 1999, um grupo de pesquisadores têm comprovado que o volume de grão é mais importante que o de massa verde, pelo seu teor energético. Então, quanto maior a porcentagem de grão, maior o teor energético da silagem.
No momento do corte, devemos ser criteriosos. A medida está entre 30 a 35 de matéria seca, identificado através da linha do leite da espiga. “Você entra na lavoura, descasca uma espiga, a quebra no meio e verifica onde está essa linha do leite, ou seja, onde está formado o amido do milho. O recomendado é 2/3 da linha do leite, onde há maior teor energético nessa planta, proporcionando maior potencial à silagem”, orienta Diogo. O tamanho do corte também é importante e deverá ser, no mínimo, ½cm e máximo 2cm. Essa medida do picado é importante, porque o animal precisa de fibra efetiva no rúmen para estimular a ruminação e produção de saliva.
O condicionamento da matéria prima em silos, aéreo ou de buraco, deve ser bem realizado. No caso de silos aéreos, a atenção deve ser redobrada quanto a compactação e deposição das camadas (de 20cm a 30cm), para que se consiga agregar essa partícula e obter uma boa fermentação, ou seja, que ela seja compacta e consiga expelir todo o oxigênio presente nessa massa, para não ocorrer a proliferação de bactéria e fungos.
Para fazer esse trabalho, o Projeto de Silagem Syngenta conta, hoje, com quatro profissionais, dois em Santa Catarina e dois no Rio Grande do Sul. O trabalho é desenvolvido junto com os canais distribuidores Syngenta e os produtores. Também foi realizado em 2012, e se repetirá em 2013, o dia de campo CCGL, em parceria com a COTRIJUI, visando levar o conhecimento deste tema a todos os associados.